Edição 5
O mercado de gerenciamento de recursos de terceiros acaba de ganhar
um concorrente de peso
O mercado de gerenciamento de recursos de terceiros acaba de ganhar
um concorrente de peso. Trata-se do IBT Asset Management, subsidiária
integral do Itaú Bankers Trust (IBT), uma “jont venture” constituída em
abril deste ano entre o Banco Itaú e o norte-americano Bankers Trust.
De acordo com o diretor executivo do IBT, Roberto M. Nishikawa, a
empresa acabou de receber a autorização do sócio norte-americano para
operar com administração de recursos de terceiros no Brasil. Ele conta que
o pedido para que o IBT pudesse atuar nessa área estava sendo
analisado pelo Bankers Trust desde março.
“O Bankers é o segundo maior em asset management no mundo,
administra mais de US$ 200 bilhões em ativos totais, e tem o maior
cuidado com a sua imagem”, diz. Para poder operar em nome do banco
no Brasil, o IBT Asset Mangement teve de passar por uma verdadeira
maratona, recebendo visitas periódicas de representantes da matriz nos
EUA, cuja função era conferir se os procedimentos e exigências do Bankers
estavam sendo cumpridos.
Exigências – Dentre os requisitos impostos pelo Bankers Trust estão a
existência de controles operacionais com padrão internacional, avançada
tecnologia de administração de recursos, técnicas modernas de gestão de
risco, contratação de profissionais “top de mercado” e a adoção do manual
com as regras de comportamento e ética definidos pela matriz.
Segundo Nishikawa, a contratação dos profissionais foi a parte mais
complicada. É que o IBT não queria chamar a atenção do mercado para o
fato de estar se preparando para entrar nesse segmento, extremamente
competitivo, e teve de ser muito discreto. Aos poucos formou uma equipe
de peso, composta por cerca de 70 profissionais, 25 dos quais vieram do
Bankers Trust, incluíndo Nishikawa, 6 do Itaú e os demais foram pinçados
no mercado (ver quadro abaixo).
Os investidores institucionais serão um dos alvos preferenciais do IBT
Asset Management. “Somos grandes administradores de recursos de
fundações no exterior, especialmente nos Estados Unidos, e queremos
reproduzir essa situação também no Brasil”, diz Nishikawa. “A tendência
de repassar a gestão dos recursos para profissionais está se
disseminando cada vez mais”.
Ele acredita que as perspectivas de crescimento no Brasil são muito
grandes. “As fundações começam a observar que um alto retorno não é
suficiente, é preciso olhar o grau de risco ao qual a carteira está sujeita. E
nós somos especialistas em análise de risco. A edição de julho da