Empresas privadas gastam mais para gerenciar a previdência

Edição 5

Os trabalhadores podem acabar pagando mais pelo luxo de decidir como
investir os recursos da Previdência Social

Os trabalhadores podem acabar pagando mais pelo luxo de decidir como
investir os recursos da Previdência Social, adverte Olivia Mitchell, diretora
executiva do Pension Research Council, da Faculdade Wharton, da
Universidade da Pennsylvania.
Mitchell estudou os sistemas de previdência social em 49 países e
descobriu que os programas administrados por empresas privadas tendem
a ter custos administrativos mais altos do que aqueles gerenciados pelo
governo. Os custos administrativos do sistema nos Estados Unidos são de
0,7% do total dos gastos da Previdência Social, enquanto nas outras
nações desenvolvidas representam 3%, em média, e nos países em
desenvolvimento quase 7%.
Os custos administrativos dos planos privados de aposentadoria, em
comparação, tendem a ser muito mais altos, relata Mitchell, conforme
reportagem do jornal Pension & Investment.
Enquanto os custos administrativos de gerenciamento do sistema de
Previdência Social dos Estados Unidos é de US$ 15 por trabalhador, no
Chile os custos de gerenciamento do sistema privatizado chegam a cerca
de US$ 30 por trabalhador, relata Mitchell.
Ao mesmo tempo, os custos anuais dos planos de contribuição definida
ficam em cerca de US$ 34 por participante para os planos corporativos e
cerca de US$ 97 por participante para os planos sindicalizados.
No entanto, os trabalhadores que participam de sistemas de Previdência
Social administrados privadamente tendem a ficar mais satisfeitos em
geral, contando com oportunidades de direcionar seus ativos a
investimentos que oferecem retornos maiores do que os títulos do
governo e a capacidade de receber mais informações sobre a performance
de seus investimentos.