Schroder fará gestão para institucionais

Edição 49

A Schroder Management Brasil, ligada à instituição financeira inglesa de
mesmo nome que administra cerca de US$ 198 bilhões em recursos de
terceiros no mundo todo, começa a buscar os primeiros clientes no
mercado interno a partir fevereiro próximo

A Schroder Management Brasil, ligada à instituição financeira inglesa de
mesmo nome que administra cerca de US$ 198 bilhões em recursos de
terceiros no mundo todo, começa a buscar os primeiros clientes no
mercado interno a partir fevereiro próximo. A empresa pretende trabalhar
exclusivamente com a gestão de renda variável dos investidores
institucionais locais.
“Toda a nossa estratégia de marketing estará voltada para os clientes
institucionais domésticos que pretendam contratar um gestor 100%
especializado em ações”, diz Walter Mendes, diretor responsável da
Schroder Brasil.
A empresa já atua no país desde 1994, mas até agora limitava-se a
administrar investimentos de institucionais estrangeiros. Atualmente, a
Schroder cuida de uma carteira de US$ 750 milhões de ações da bolsa
nacional, a maior parte pertencente a fundos de pensão do Reino Unido,
Estados Unidos e Holanda.

Disponível – O primeiro fundo de ações da Schroder Brasil já está
disponível para os investidores brasileiros. O administrador já havia
conseguido autorização para montar o fundo em agosto do ano passado,
mas a crise da Rússia adiou a entrada efetiva da Schroder no mercado
nacional. “Agora é o momento certo para começar a visitar os clientes
potenciais já que os preços das ações estão baixos e as perspectivas da
renda variável para os próximos meses são animadoras”, afirma Mendes.
A Schroder pretende criar outros fundos de investimento a medida que
haja demanda por parte dos clientes institucionais. Um dos diferenciais do
novo gestor pode ser a inclusão de small caps, ações de segunda e
terceira linhas, nos portfólios dos fundos e carteiras administradas. Mas
isso depende do mercado acionário brasileiro, que ultimamente tem
apresentado baixo nível de liquidez.
“A princípio devemos concentrar os investimentos em ações de primeira
linha, mas na medida do possível, pretendemos obter ganhos adicionais
com small caps”, revela o diretor responsável da empresa.
A empresa de asset ainda está terminando de montar a área de
marketing, que será constituída por dois profissionais. Além de Walter
Mendes, 15 anos de Unibanco, o quadro da Schroder traz também o
administrador de fundos Carlos Roberto Scretas, ex-Citibank e dois
analistas: Fabiana Arana, ex-auditora da Price Waterhouse e Guy Rodwell,
da matriz de Londres.