Edição 48
O resultado da bolsa de tendências, que mede a expectativa dos
administradores para o mês de dezembro, aponta para o crescimento
moderado dos fundos de renda fixa como principal alternativa dos
investidores
O resultado da bolsa de tendências, que mede a expectativa dos
administradores para o mês de dezembro, aponta para o crescimento
moderado dos fundos de renda fixa como principal alternativa dos
investidores. Dos 64 gestores que responderam à pesquisa neste mês,
60% indicam que os fundos de renda fixa devem crescer moderadamente,
enquanto 17% prevêem estabilidade para este tipo de produto e outros
17% apostam no crescimento acentuado.
O gerente da área de investidores institucionais do Safra, Luiz Fernando
Cimino, explica que o mercado está mais otimista com as perspectivas
para o ano que vem em função das medidas do ajuste fiscal do governo e
do acordo com o Fundo Monetário Internacional. “As taxas pré-fixadas dos
fundos de renda fixa mostram-se bastante atraentes neste final de ano”,
afirma.
A volta da imunidade das fundações para as aplicações financeiras
também contribui para aumentar a preferência pelos fundos de renda fixa.
A suspensão da cassação da liminar que garante a imunidade, conseguida
pela Abrapp em 1° de dezembro, evitou a migração dos recursos dos
fundos de pensão para a renda fixa em busca de alongamento dos
prazos. “Um fato que abre a perspectiva para as fundações continuarem
investindo nos fundos de investimento foi a obtenção do efeito suspensivo
da cassação da liminar”, afirma Guilherme Cavalcanti, diretor de
investidores institucionais do Liberal.
Em relação aos fundos de renda variável, a tendência de crescimento
ainda não se mostra tão otimista como na renda fixa. A bolsa de
tendências indica que 52% dos administradores acreditam na estabilidade
para os fundos de ações, enquanto 39% prevêem o crescimento
moderado. Apenas 5% dos que responderam à pesquisa apontam a
tendência ao crescimento acentuado dos fundos de renda variável,
contrastando com os 15% que assinalaram esta opção para novembro.
Quanto à preferência do investidor pelas ações, o resultado da pesquisa
mostra a tendência pela estabilidade em primeiro lugar (60%), seguida
pelo crescimento moderado com 40% das respostas. Ninguém aposta no
crescimento acentuado dos investimentos diretos em ações para
dezembro, em contraste com o resultado da pesquisa de novembro que
tinha 24% das respostas neste item.