Edição 42
A fundação Centrus, do Banco Central, pode levar alguma vantagem com
a crise das bolsas
A fundação Centrus, do Banco Central, pode levar alguma vantagem com
a crise das bolsas. É que os participantes que estão resgatando suas
contribuições vão receber menos do que tinham antes da crise, uma vez
que esses resgates são corrigidos pela rentabilidade dos investimentos,
conforme haviam reivindicado.
Com isso, a Centrus é quem vai ficar com o lucro na hora em que o preço
das ações voltar a subir, junto com os participantes que optaram por
deixar os recursos na fundação. “Os participantes que optaram por deixar
seu dinheiro na fundação vão ganhar junto, com a alta das bolsas no
futuro”, explica o presidente da fundação, Silvio Rodrigues Alves.
Os funcionários do Banco Central, ao passarem ao Regime Jurídico Único
(RJU) e ganharem direito à aposentadoria integral paga pelo Tesouro,
deixaram de necessitar da complementação da fundação. Com isso, uma
decisão judicial determinou que uma parte dos recursos da fundação
deveria voltar ao governo para custear as aposentadorias e outra ser
devolvida diretamente aos participantes, de forma escalonada, em 12
vezes, com a correção feita pela rentabilidade dos investimentos.
Mas, em meados de 97, foi aberta a possibilidade dos ex-participantes
manterem os recursos na fundação, num plano suplementar de
contribuição definida. Dos 5 mil funcionários do Banco Central que
pertenciam à Centrus, cerca de mil optaram por continuar na fundação,
nesse plano suplementar.
Doze parcelas – A devolução das 12 parcelas termina em outubro próximo.
O dinheiro está sendo retirado das aplicações de renda fixa e, devido à
esses saques, a carteira de ações da entidade, que responde hoje por
40% do seu patrimônio, não está sendo sacrificada com vendas na baixa.