Edição 42
A Forluz, fundação da Cemig, saiu praticamente ilesa da queda das bolsas
A Forluz, fundação da Cemig, saiu praticamente ilesa da queda das
bolsas. Devido a uma estratégia ultra-conservadora adotada em meados
do ano passado, a fundação tinha só 1% de seu patrimônio investido em
ações quando a crise chegou. O patrimônio da Forluz é de US$ 1,1 bilhão.
Segundo o diretor financeiro da entidade, Helmer Lima de Paula, a
volatilidade no mercado, principalmente depois que o governo aumentou
os juros no final de 97, não justificava correr os riscos da renda
variável. “Achamos que as taxas de juros nos níveis que estavam eram
mais do que suficientes para cobrir a nossa meta atuarial, de IGP-DI mais
6%”, conta.
De acordo com Paula, a redução se deve também ao plano de contribuição
definida que a fundação começou a oferecer aos participantes esse ano.
Nesse plano, foi dado aos participantes a possibilidade de escolher entre
três perfis de investimento, e também entre quatro administradores
externos ou a própria Forluz, sendo que a fundação só administraria os
recursos do perfil conservador (ver Investidor Institucional nº41).
Em outubro do ano passado, a carteira de ações representava
aproximadamente 30% do seu patrimônio. De lá até março desse ano, a
fundação aproveitou os momentos de alta para se desfazer delas, e
conseguiu reduzir a carteira para 3%. E, com a alta da primeira quinzena
de julho, vendeu o resto, ficando com apenas 1%. O dinheiro que saiu das
bolsas foi para papéis de renda fixa, boa parte deles pré-fixados de longo
prazo.
Compras – Hoje, a renda variável representa 1,5% do patrimônio, porque
a fundação decidiu comprar alguns papéis no meio da crise. “Os preços
caíram muito e achamos que valia a pena”, explica o diretor financeiro da
entidade. No total, essas compras – basicamente na primeira linha –
somaram cerca de R$ 10 milhões.