Brasiletros vai fazer rodízio entre gestores

Edição 42

A Brasiletros, fundação dos funcionários da Cia Energética do Rio de
Janeiro (Cerj), está preparando a substituição de um dos quatro gestores
de sua carteira de renda variável

A Brasiletros, fundação dos funcionários da Cia Energética do Rio de
Janeiro (Cerj), está preparando a substituição de um dos quatro gestores
de sua carteira de renda variável. Pactual, Fleming Graphus, FonteCindam
e Sudameris foram contratados pela fundação em setembro do ano
passado para administrar um volume total de recursos de
aproximadamente R$ 80 milhões. Agora, quem apresentar o pior
desempenho no período referente aos últimos doze meses será
substituído.
A fundação da Cerj já está realizando um processo de seleção para
escolher o novo administrador, que entrará no lugar daquele que sair.
Até o final de julho, as quatro carteiras de ações terceirizadas valiam
juntas pouco menos de R$ 60 milhões, uma queda de cerca de 25% em
relação à setembro do ano passado. A redução do valor deve-se aos
péssimos resultados do mercado acionário acumulados desde outubro do
ano passado, agravados nas últimas semanas por causa da nova crise
mundial detonada pela instabilidade econômica da Rússia. Atualmente, a
renda variável representa cerca de 30% da carteira de ativos da Brasiletros.
A fundação tem a intenção de diminuir a participação da renda variável no
total do patrimônio. “A meta é chegar a um nível de 15% a 20% dos
ativos aplicados em ações”, revela Vitelmo Ferreira, diretor presidente da
Brasiletros. O maior problema para implementar esse plano neste
momento é a inviabilidade de se desfazer de uma parte da carteira de
renda variável devido às altas perdas acumuladas. Os valores das ações
estão muito depreciados e vender agora levaria a um prejuízo de mais de
25% em relação aos preços de um ano atrás.
Por isso, a Brasiletros deve esperar por uma recuperação das bolsas para
depois diminuir o nível de exposição em renda variável. Ainda não foi
definida a forma de redução do tamanho da carteira de ações da fundação
mas é provável que todos os gestores tenham que repassar uma parte
dos recursos de volta para a fundação. “Acredito que o mais justo seja
efetuar uma redução proporcional das quatro carteiras terceirizadas e não
apenas de uma delas”, revela Ferreira. A parte da renda variável que será
vendida deve se transformar em aplicações de renda fixa que ficam sob
gestão da própria Brasiletros.

PERFIL DA FUNDAÇÃO
Ativos: R$ 206 milhões
Participantes ativos: 1786
Dependentes: 5258
Assistidos: 2264
Gestores da renda variável: Pactual, Fleming Graphus, Sudameris e
FonteCindam