Edição 40
O Centro Empresarial Mourisco, atualmente o edifício comercial mais caro
e sofisticado do Rio de Janeiro, conseguiu alugar quase todos os seus
andares antes mesmo de estar pronto
O Centro Empresarial Mourisco, atualmente o edifício comercial mais caro
e sofisticado do Rio de Janeiro, conseguiu alugar quase todos os seus
andares antes mesmo de estar pronto. Em julho, um mês antes da
inauguração do prédio, o Mourisco já tinha quatro andares alugados, dois
com previsão de uso pelo proprietário e um único disponível. O Mourisco
tem sete andares.
Entre os seus investidores estão quatro fundações: Valia (Vale do Rio
Doce), Infraprev (Infraero), Previrb (IRB) e Previ (Banco do Brasil), cada
uma com um andar. Os outros três andares são da Vale do Rio Doce, que
os recebeu em troca do terreno da construção, dos quais ocupará dois
para sua sede e locará o terceiro.
Os futuros inquilinos são: CSN, Swiss Bank e BBM (ex-Banco da Bahia). O
único andar que ainda está vago é o da Valia, que analisa quatro
propostas, conta a gerente de participações imobiliárias da entidade, Carla
Meirelles. “A demanda por esse edifício é grande entre empresas de
petróleo, de telecomunicações e bancos de investimento estrangeiros”,
acrescenta.
A Valia é dona do primeiro andar do Mourisco, que também é o menor de
todos, e por isso o valor do aluguel será menor que o dos outros andares.
De acordo com ela, a fundação quer entre R$ 35 a R$ 36 reais por metro
quadrado, por uma área de 3 mil metros quadrados, enquanto alguns
andares chegaram a R$ 43, diz pesquisa da Bolsa de Imóveis de São
Paulo.
Valorização – A Valia foi uma das primeiras fundações a investir no
edifício, precisamente em dezembro de 96, pagando cerca de R$ 2,9 mil
por metro quadrado (um total de R$ 8,7 milhões), que hoje já vale R$ 3,7
mil. A rentabilidade deve ficar entre 1,2% e 1,3% ao mês. Compramos lá
atrás e já estamos ganhando com a valorização patrimonial. Esperamos
um retorno rápido do investimento, entre 5 e 7 anos”, conclui Carla.
Já a Infraprev (antiga Arsaprev, que mudou de nome em junho) fechou
negócio em junho passado, um investimento de R$ 14,75 milhões. O
andar foi vendido pré-locado para o BBM, que assinou um contrato de
locação por dez anos, conta Roberto della Piazza, presidente da
entidade. “Já compramos com essa condição. Se não fosse assim, talvez
não tivéssemos comprado”, diz.
Segundo ele, o retorno do investimento virá em 100 meses, e a
rentabilidade esperada é de 1% ao mês. “É um negócio bom e seguro. O
Mourisco é um edifício inteligente, prevê adaptações à novas tecnologias.
Nunca teremos problemas para alugá-lo”, conclui.