Edição 39
A companhia de seguros Cigna Corp. está mudando o plano de benefícios
de parte de seus empregados, de benefício definido (BD) para cash
balance
A companhia de seguros Cigna Corp. está mudando o plano de benefícios
de parte de seus empregados, de benefício definido (BD) para cash
balance. A mudança envolve os funcionários mais jovens da companhia –
cerca de 26 mil de um total de 40 mil funcionários. Os outros, que já
estão mais próximos da aposentadoria, continuarão no plano de BD, que
tem US$ 2,5 bilhões em ativos.
Segundo reportagem da Pension & Investments, a mudança faz parte de
um plano de retenção dos empregados. Uma pesquisa feita entre os
jovens funcionários mostrou que eles não valorizavam o plano. “Nós não
éramos valorizados pelas pessoas jovens. Eles nos davam pouco crédito”,
diz Jerry Meyn, vice-presidente de benefícios e administração de saúde.
O descontentamento desses participantes se devia ao fato de que não
havia portabilidade no BD, já que nesse tipo de plano as reservas de
poupança não são individualizadas. Já no cash balance cada um tem sua
conta individual, o que também dá mais transparência para que os
participantes acompanhem a rentabilidade. Em geral, esses planos
repassam às contas uma taxa de juros fixa, vinculada à taxa de juros do
Tesouro dos EUA, que flutua de ano a ano, mas normalmente não fica
abaixo de um patamar mínimo.
Quando o empregado sai do emprego, pode levar o dinheiro ou deixá-lo
na fundação, e requerer o benefício proporcional quando se aposenta. “O
novo plano promete algo muito mais imediato e certo”, acrescenta
Meyn. “Empolga mais os funcionários jovens preocupados em preservar
sua poupança”.
A Cigna não informou como fará a migração das reservas. Entretanto, a
companhia já está começando a calcular quanto precisaria ter, a curto
prazo, para pagar tudo o que deve a esses empregados, caso eles
saíssem da empresa nesse momento. Segundo Meyn, os investimentos
em renda fixa se adequam a essa necessidade.
Atualmente, a fundação tem 7% de seu patrimônio aplicados em bônus
de alta-maturação, 1% em outros bônus, 4% em hipotecas, 2% em
papéis do setor privado,14% em contratos de investimento garantido,
47% em fundos indexados, 9% em imóveis, 11% em ações estrangeiras,
4% em ações de mercados emergentes e 1% em ações da própria
companhia.
E, como é típico num plano de cash balance, a Cigna continuará
administrando ativamente os recursos do plano de pensão, para obter
ganhos maiores do que aqueles que foram prometidos aos empregados.
As contribuições ao novo plano de cash balance começaram no início do
ano. As faixas de contribuição variam entre 3% e 8,5%, de acordo com a
idade e o tempo de serviço do participante. O mínimo é de 3% para o
participante cuja soma da idade e tempo de serviço for igual a 35 anos. O
máximo de 8,5% é para aqueles cuja soma exceder os 55 anos.
Normalmente, a Cigna contribuía com o mesmo percentual do empregado
até 6%, e acima disso colocava 50 centavos de dólar para cada 1 dólar de
aporte adicional do empregado. Mas, segundo Jerry Mayn, no final do ano
a companhia deve dar uma contribuição adicional de mais 2%, baseada
no resultado.
Em 98, a rentabilidade mínima prometida para essas contas é de 6,05%,
baseada nos bônus de 5 anos do Tesouro americano, mais 25 pontos
básicos.