Entrando à mineira na disputa

Edição 38

O presidente da Abrapp, Nélson Rogieri, está entrando à mineira no
debate das eleições da entidade, que devem se realizar em dezembro
próximo

O presidente da Abrapp, Nélson Rogieri, está entrando à mineira no
debate das eleições da entidade, que devem se realizar em dezembro
próximo. Ele diz que não se coloca como candidato, mas ao mesmo
tempo afirma que essa possibilidade também não está descartada. “Vou
começar a conversar com os colegas, para ver as posições deles, e só
depois disso vou montar uma estratégia”, diz.
Ele avalia que sua gestão encontra um bom respaldo das fundações
associadas, com poucos descontentes. Prossegue, analisando que o ideal
seria haver uma candidatura única, a ser lançada somente após um
período de consultas às associadas, e não antes disso.
“Defendo que haja uma candidatura única, que seja do agrado geral, que
evite as disputas”, afirma. “Precisamos avaliar bem o que se passa na
cabeça das lideranças dos fundos, não adianta só ter vontade de disputar,
é preciso ver se o nome é do agrado da maioria”.
A disputa pela Abrapp ganha novos contornos com a mudança de posição
de Rogieri, uma vez que anteriormente ele havia confidencializado à
dirigentes que não postulava o cargo para novo mandato. Agora, deixa
entreaberta a porta da reeleição. Além dessa possibilidade do nome de
Rogieri, também o falecimento do presidente da Fundação Cesp, Henrique
Waksmann, em meados de junho, altera o quadro sucessório. Para quem
vão os votos que ele carrearia?
Waksmann, que faleceu devido a problemas cardíacos, era o dirigente que
mais abertamente se colocava como candidato. Era amigo pessoal de
Rogieri, tendo sido inclusive diretor da PSS, a fundação de origem de
Rogieri e da qual ele se aposentou ao final do ano passado. Os outros
dois candidados à sucessão da Abrapp, o presidente da BB Previdência e
vice-presidente da entidade, Francisco Parra, e o presidente do ICSS,
Mizael Mattos Vaz, embora estejam na disputa há tempos não são tão
explícitos quanto Waksmann era.
Rogieri diz que ainda não foi procurado por nenhum deles para discutir
sucessão, embora os dois já o tenham informado da intenção de disputar.
Mas, intenção ainda não é fato.