Edição 37
A fundação Regius, do Banco Regional de Brasília, quer suspender
novamente a contribuição de empregados e patrocinadora ao plano de
previdência
A fundação Regius, do Banco Regional de Brasília, quer suspender
novamente a contribuição de empregados e patrocinadora ao plano de
previdência. A fundação já havia interrompido as contribuições durante o
ano passado, mas a partir de janeiro elas foram retomadas, conforme o
que estava previsto. Pela lei, a suspensão só pode ser pedida após a
avaliação atuarial anual, e a fundação precisa ter três anos consecutivos
de superávit para conseguir a aprovação da SPC.
Segundo o diretor de benefícios e administração da entidade, Valderi
Francisco Machado Elias, a SPC já aprovou a medida. A Regius em 97
acumulou um superávit de R$ 82 milhões, e cumpria com os requisitos.
Tudo depende agora da patrocinadora, que está analisando a idéia. “Com
a volatilidade das bolsas, a patrocinadora está muito cautelosa quanto
aos impactos da suspensão no equilíbrio do fundo”, diz. Além disso, a
relação contributiva atual é de 2/1, entre patrocinadora e empregado,
respectivamente, e como o BRB é estatal, terá que chegar no 1/1.
“A patrocinadora pediu um estudo atuarial para analisar melhor a
questão”, informa Elias. O estudo está a cargo do atuário Newton César
Conde.
A decisão de suspender ou não as contribuições à Regius está
relacionada, ainda, com a mudança do plano de BD para CD , que a
fundação deve implantar nos próximos 90 dias. É que a idéia é usar parte
do superávit como incentivo à migração. “Esse ponto ainda não está
definido”.
No plano de CD da Regius, o empregado contribuirá com um mínimo de
3% do salário, e até o limite de 10% a empresa contribui na mesma
proporção. O vesting pode chegar a 80% dos aportes da patrocinadora.
Segundo o diretor de benefícios da fundação, o participante já ganha, na
migração, a possibilidade de levar metade do que a empresa poupou para
ele. Depois, ganha mais 1% do saldo por ano trabalhado. “Fizemos um
vesting agressivo, porque o nosso plano de BD já dava 25% das
contribuições da patrocinadora”, conta.
Segundo ele, o plano da Regius era o único de BD no Brasil que oferecia
uma parte do saldo acumulado pela patrocinadora. É que em 1995, houve
uma alteração no estatuto em função de um plano de desligamento da
patrocinadora, para incentivar a adesão dos funcionários.
A fundação tem hoje cerca de 2.400 participantes ativos e um patrimônio
de R$ 320 milhões.