Edição 36
A Forluz, fundação da Cemig, reduziu sua carteira de ações para apenas
3% de seu patrimônio
A Forluz, fundação da Cemig, reduziu sua carteira de ações para apenas
3% de seu patrimônio. A medida se deve à estratégia adotada pela
entidade a partir de março último, de aproveitar ao máximo os altos juros
que a renda fixa está proporcionando. “Por que correr os riscos das crises
asiática, russa e das eleições, com os juros que a renda fixa está dando”,
pergunta José Domingos, diretor financeiro da Forluz.
No início de março, a Forluz tinha 20% de seu patrimônio investido em
ações. Mas a alta das bolsas naquele mês levou a fundação a fazer as
contas e a descobrir que a troca do mercado de ações pelo de renda fixa
era a melhor alternativa de investimento.
Segundo José Domingos, a Forluz fechou aplicações de 180 dias no final
de maio com taxas de juros 28,5% ao ano. “A bolsa não deve chegar a
isso no período, e a renda fixa oferece mais com risco bem menor”,
complementa.
As melhores taxas, de acordo com ele, estão sendo oferecidas por CDBs
mais longos, de seis meses a um ano. No total, a carteira de renda fixa
responde hoje por 85% dos investimentos da fundação, sendo que
apenas 3% são títulos públicos.
A política de redução da carteira de ações, acompanhada do aumento de
posições em renda fixa, na verdade, vem sendo adotada pela Forluz
desde a crise de outubro do ano passado, quando tinha 35% de seu
patrimônio investido nessa modalidade. A fundação tem, ainda, 9% em
imóveis e 3% em empréstimos aos participantes.