Banco Mundial adota modelo de cash balance

Edição 35

O Banco Mundial está mudando o seu plano de benefício definido para um
novo modelo de cash balance

O Banco Mundial está mudando o seu plano de benefício definido para um
novo modelo de cash balance. O novo plano garantirá uma aposentadoria
básica de aproximadamente 1% do salário líquido por ano trabalhado,
mais a rentabilidade das opções de investimento que serão oferecidas. No
BD – que já acumula patrimônio de US$ 9,7 bilhões, o benefício equivale a
2,2% do salário bruto por ano de serviço.
O participante do cash balance poderá escolher entre seis a oito tipos de
fundos passivos, até o final do ano. Por enquanto, os recursos serão
alocados num fundo que garante uma taxa líquida de 3% ao ano mais o
índice Standard & Poor’s 500. Mas já nos próximos meses devem ser
formatados fundos passivos de renda fixa e de ações estrangeiras,
segundo o jornal Pension & Investments.
Entretanto, isso não significa que os recursos do cash balance do Banco
Mundial ficarão sob administração passiva. Ao contrário, o objetivo da
patrocinadora é turbinar a gestão e embolsar tudo o que exceder aos
índices. “O velho esquema de pensões, como nós o conhecemos, está
morto e acabado”, diz o administrador senior da fundação, Sudhir
Krishnamurthi. “Na verdade, o cash balance nada mais é um plano de
contribuição definida”
Segundo o consultor Marty Collins, presidente da Kwasha Lipton Group, da
Coopers & Lybrand, esse tipo de plano é interessante porque dá aos
empregados a possibilidade de participar dos retornos gerados pelo
esquema de CD, ao mesmo tempo em que permite aos empregadores
ganhar com a arbitragem dos investimentos.
O Banco Mundial contribuirá com 10% da folha de pagamentos depois de
descontados os impostos para o novo plano – e pedirá aos funcionários
que contribuam com 5% de seu salário líquido. No plano atual, de BD, eles
contribuem com 7% do salário bruto. Isso gerava distorções, porque
metade dos funcionários do banco são de fora dos Estados Unidos, e o
sistema de impostos é diferente em cada país.
Mas apesar de todas essas mudanças, o Banco Mundial – que
recentemente contratou um gestor para alocar US$ 250 milhões em
mercados globais de renda fixa e ações – não pretende alterar sua
estratégia de investimentos. Vai esperar que os atuários concluam os
estudos sobre seus novos encargos para tomar alguma decisão no futuro.
Hoje, cerca de 70% dos ativos estão investidos em ações, 20% em bônus
e 10% em investimentos alternativos, explica Krishnamurthi.
Aproximadamente metade das ações e bônus são do mercado local, e o
resto em mercados estrangeiros. E os investimentos alternativos – como
private equity e imóveis – estão alocados basicamente no mercado local.
O novo plano cobrirá inicialmente os empregados admitidos a partir de 15
de abril, e mais cerca de 2 mil prestadores de serviço cujos contratos têm
sido renovado ao longo de vários anos. Daqui há cerca de um ano, será
aberta a possibilidade de migração aos funcionários antigos. Por
enquanto, eles continuarão no plano de BD.
Além do cash balance, o Banco Mundial pretende, ainda, oferecer aos
empregados um plano de contribuição definida, no qual as opções de
investimento serão fundos mútuos de administração ativa.