Votorantim usa índice da PPS para divulgar performance

Edição 35

O banco Votorantim vai publicar índices de performance de dois fundos de
ações que administra, um ativo e um indexado, com cálculos feitos por
uma consultoria independente

O banco Votorantim vai publicar índices de performance de dois fundos de
ações que administra, um ativo e um indexado, com cálculos feitos por
uma consultoria independente. O objetivo do banco é divulgar aos
cotistas, mensalmente, os resultados desses fundos em 4 índices de
mercado (alfa, beta, treynor e sharpe), através de boletim criado só para
esse fim. Antes, o banco só divulgava em seus relatórios a rentabilidade
das cotas.
“Queremos aproximar os cotistas da administração do fundo, e achamos
que divulgar informações calculadas por uma pessoa de fora do banco,
com uma metodologia própria, dá mais segurança ao investidor”, explica
Antônio Luís Chinelato, administrador de fundos do Votorantim.
As informações utilizadas pelo banco provêm de um software que contém
dados sobre mais de 600 fundos de ações e carteira-livre, desenvolvido
pela PPS Portfólio Performance. Segundo César Guimarães, um dos sócios
da consultoria, o cálculo dos índices se baseia em informações públicas
sobre variação das cotas desses fundos. “Quem fizer os mesmos cálculos,
com as mesmas informações, chegará a iguais resultados”, explica.
Através desses índices, o investidor consegue obter elementos
importantes sobre a estratégia do administrador. O alfa do fundo, por
exemplo, mostra a capacidade do administrador de selecionar bem os
ativos. Um alfa maior que zero demonstra que o administrador escolheu
ativos melhores do que o seu benchmark, e consequentemente, o
superou.
De acordo com França, o banco Bandeirantes também utiliza esse software
internamente, há cerca de um ano, para se comparar com os outros
gestores. E a Previ-Siemens, fundação da Siemens, se baseou nele para
escolher novos gestores, além de comparar a rentabilidade de suas
carteiras terceirizadas com os fundos de ações dos mesmos
administradores (ver Investidor Institucional nº 29).