Edição 32
A Funcef e a Organização Suarez vão investir esse ano R$ 4 milhões na
ampliação do parque aquático de Salvador, o Wet’n Wild Bahia
A Funcef e a Organização Suarez vão investir esse ano R$ 4 milhões na
ampliação do parque aquático de Salvador, o Wet’n Wild Bahia. Entre
janeiro e fevereiro desse ano, o parque recebeu 26% mais visitantes do
que no mesmo período do ano passado, e nos fins de semana chegou
perto de atingir sua capacidade máxima, de 4 mil pessoas por
dia. “Vamos colocar novas atrações para deixar o parque mais
confortável”, diz Manuel Suarez, presidente do grupo.
Até o final de dezembro de 97, quando completou um ano, o Wet’n Bahia
contabilizava 350 mil visitantes e um faturamento de R$ 9,1 milhões,
contra projeções iniciais de 500 mil visitantes e R$ 10 milhões de
faturamento. Mas o resultado do verão desse ano melhorou as
expectativas. “A projeção inicial era de um retorno do investimento em 8
ou 9 anos, vai cair para 5 a 7 anos”, complementa.
Para Suarez, a indústria de parques aquáticos no Brasil já está
praticamente esgotada. “Com os parques que estão sendo construido, no
Rio e em São Paulo, não fica muito espaço para parques maiores. O que
pode aparecer ainda são parques menores, como o de Porto Seguro, com
capacidade para entre 50 mil e 100 mil visitantes”, diz.
Os parques do Rio e de São Paulo, os dois da rede Wet’n Wild, terão
capacidade para entre 700 mil e 1 milhão de pessoas. O do Rio, que
também é da dupla Funcef (90%) e Suarez (10%), deve ser inaugurado
em outubro de 99. O investimento total fica entre R$ 45 milhões e R$ 50
milhões.
A Funcef também participa, com 60%, do parque aquático de São Paulo,
que foi construído pela Método Engenharia. A construtora participa com 1%
de um investimento de R$ 50 milhões. O resto é dividido entre as
fundações PSS, Francisco Martins Bastos e a seguradora Prever.
O parque paulista já está pronto e deveria ter sido inaugurado em
dezembro. Mas uma liminar conseguida pelas promotorias de meio
ambiente de Jundiaí e Vinhedo embargou a obra, alegando que havia
riscos ao meio ambiente.
Segundo Manolo Lopez, responsável pelo empreendimento, em junho de
95, oito meses antes do início das obras, a Secretaria do Meio Ambiente
havia liberado o parque de apresentar relatório de impacto ambiental. Mas
em agosto de 97, a direção do parque recebeu da Secretaria a solicitação
do estudo.
A Wet’n Wild São Paulo entrou com um pedido de impugnação, mas
conseguiu apenas um “deferido parcial” do secretário estadual do Meio
Ambiente, Fábio Feldman, e está implantando alguns ajustes
recomendados pelos técnicos.
Mas o embargo continua. “Agora aguardamos uma decisão final da Justiça
para poder inaugurar o parque, e não temos previsão de quando isso
acontecerá”, informa.
Chase faz acordo com debenturistas
O banco Chase Manhattan fechou um acordo com os debenturistas do
parque aquático de Ribeirão Preto, na forma do pagamento de uma
quantia não revelada, para ressarcir parte dos prejuízos que eles tiveram
com o empreendimento. Assim, o banco evita uma disputa na Justiça por
uma operação da qual, na verdade, nem participou.
O Chase entrou nessa operação indiretamente, ao absorver, há cerca de
três anos, o banco Norchem, que foi quem participou das negociações com
os debenturistas. Porém, ao absorver o Norchem, o Chase absorveu
também suas pendências.
Os debenturistas – as fundações PSS, Economus, Femco, Previnor, Fipecq,
Lochtite, Aeros – passaram a responsabilizá-lo, juntamente com a rede
americana Wet’n Wild e a incorporadora DVS, por um rombo de R$ 13
milhões no orçamento do parque, que desde 94 está com suas obras
paradas (ver Investidor Institucional nº 22).
Com a indenização (juridicamente é uma transação), o Chase sai do
imbróglio. “Embora tivéssemos absoluta certeza de que não éramos
culpados de nada, fizemos o acerto objetivando por fim às disputas e
evitar o desgaste das instituições envolvidas”, explica Arnaldo Dutra,
diretor do Chase e responsável pela área jurídica do banco.
Segundo a Wald & Associados, escritório de advocacia que representa os
debenturistas, a incorporadora DVS será acionada judicialmente. Já o caso
da Wet’n Wild está sendo analisado.