O investidor pode optar pelo risco que quiser

Edição 27

Escada de risco, do investimento mais conservador ao mais agressivo

Baseada em um levantamento sobre a rentabilidade das diversas classes de ativos financeiros desde o lançamento do Plano Real até setembro de 1997, a Lloyd’s Asset Management (LAM) simulou várias combinações de investimento, com expectativas de risco e rentabilidade diferentes, e projetou uma nova família de fundos para investidores institucionais. “Conseguimos fazer uma escada de risco, do investimento mais conservador ao mais agressivo”, explica o diretor comercial da LAM, José Roberto de Castro.
Segundo ele, a família de fundos deixa claro ao aplicador que não há investimento de risco zero. “Tudo tem seu nível de risco, mas bem informado o investidor pode optar pelo risco que quiser”, explica.
A nova família de fundos, lançada na segunda quinzena de janeiro, inclui:
– dois fundos de renda fixa (Basis – que busca o acopanhar o CDI; e Key – que arbitra taxas de juros para ganhar do CDI)
– cinco fundos de ações (Nautilus – que busca seguir o Ibovespa; Equinox – oportunidades em ações sub-avaliadas a partir de análise fundamentalista; Century – que usa o modelo quantitativo de Markovitz; Explorer – que combina asset alocation com uso de derivativos; Orbital – um setorial de telecomunicações)
– três fundo de asset alocation (Balanced – com até 20% de ações de índices; Dinamic – com até 50% de ações de índices; e Agressive – com até 100% em ações de índices)
– dois fundos de derivativos (Antares – moderado; e Gemini – mais agressivo).
Segundo o diretor de marketing da LAM, Álvaro Cardoso Armond, a nova família de fundos pretende captar R$ 1 bilhão em 98, o que representará um crescimento de quase 50% sobre os R$ 2,1 bilhões (30% em renda variável e 70% em renda fixa) que a instituição administra atualmente. A LAM está iniciando um “road show” pelo país, fazendo reuniões regionais, para apresentar a nova família de fundos aos investidores institucionais. “Vamos cobrir o país inteiro”, diz Armond.

Terceirização – A LAM está apostando num serviço que lançou no final do ano passado, de administração de recursos para outras instituições que não dispõem de áreas especializadas.
Além da crescente concorrência na área, a recente exigência do Conselho Monetário Nacional, tornando obrigatória até março a constituição de setores independentes, deve beneficiar os planos da LAM.
O serviço da LAM, segundo José Roberto de Castro, pode incluir desde a simples administração dos ativos até a formatação completa de uma estratégia, incluindo estudos para a definição dos fundos, campanha de lançamento, assitência ao investidor, administração dos recursos e pós-venda.
Segundo Castro, “já há mais de 20 instituições analisando a possibilidade de virem a fazer parceira conosco, nessa área”.