IBT faz parte do grupo de bancos de risco A/B

Edição 27

O Itaú Bankers Trust, uma associação entre o brasileiro Itaú e o norte-
americano Bankers Trust, recebeu da agência de classificação de risco
Atlantic Rating a nota A/B, no final de dezembro passado

O Itaú Bankers Trust, uma associação entre o brasileiro Itaú e o norte-
americano Bankers Trust, recebeu da agência de classificação de risco
Atlantic Rating a nota A/B, no final de dezembro passado. O risco do IBT,
pelos critérios da agência, passa a ser equivalente ao de bancos como
Credibanco, Real, Safra, Unibanco e Votorantim, outros cinco que detém a
classificação A/B dada pela Atlantic, e superado apenas pelo risco do
Bradesco e Itaú, ambos com classificação A.
A classificação A/B, segundo definição da Atlantic Rating, indica que a
instituição é “financeiramente muito sólida, com indicadores favoráveis em
seu balanço, resultados e reputação: a leitura dos seus números (da
instituição) não indica fragilidades aparentes. O seu perfil de risco é
apenas levemente abaixo da categoria A”.
O IBT foi criado em 1996, e tem seu controle acionário dividido em partes
iguais entre o Itaú e o Bankers Trust. Começou a operar área de
administração de recursos de terceiros no final de 96. Segundo o su vice-
presidente, Roberto Nishikawa, o banco administra atualmente recursos da
ordem de R$ 280 milhões, dos quais R$ 73 milhões em fundos de renda
fixa tradicional, R$ 70 milhões em fundos de derivativos e o restante em
fundos carteira livre.
Para Nishikawa, a classificação do risco dos bancos torna-se cada vez mais
relevante frente à instabilidade dos mercados financeiros. “O ano de 1988
vai ser muito volátil, a situação da Ásia ainda não está definida e a
moratória de um dos países asiáticos pode ter reflexos em todos os
mercados”, analisa.
Ele acompanha de perto a situação na Ásia. Afinal, antes de vir para o
Brasil, trabalhou por seis anos em Tóquio, como responsável pela área de
mercados emergentes do Bankers Trust. Como março é o mês do
fechamento do ano fiscal no Japão, aconselha cautela no primeiro
trimestre do ano. “Em função das perdas, muitos bancos japoneses
poderão ter que vender ativos, o que pode elevar a instabilidade dos
mercados”, explica.

Fundo Star – O IBT está apostando no crescimento do seu fundo carteira
livre IBT Star, lançado no final de setembro e que até agora já captou R$
7,5 milhões, a maior parte de investidores institucionais. O IBT Star tem
grande flexibilidade de operações, funcionando de forma diferente de um
carteira livre tradicional. Ele opera, segundo Nishikawa, com vários tipos de
ativos. Sua performance, desde seu lançamento, coloca-o cerca de 15
pontos percentuais acima do índice Bovespa.