Fundos de Brasília analisam projetos

Edição 25

Onze pequenas e médias fundações de Brasília descobriram que a união
faz a força

Onze pequenas e médias fundações de Brasília descobriram que a união
faz a força. Com um patrimônio somado de cerca de R$ 2,5 bilhões, elas
estão há um ano e meio se reunindo para analisar em bloco propostas de
investimento. Já saíram das suas reuniões importantes decisões de
investimento, como a de compra de cotas de investimentos do Memorial
Office Building, um fundo imobiliário lançado em São Paulo pela RMC
Corretora.
Das onze, sete entraram no empreendimento. A Cibrius ficou com 7,02%,
a Regius com 15,(%, a Fundiágua com 8,77%, a Funterra com 1,07%, a
São Francisco com 5,97%, a Fipec com 4,91% e a Faceb com 10,71%.
Além delas, a Fundcelg comprou 3,9%, a Sabesprev 20%, a Funcef 20% e
o Metrus 1,97%.
O Office Building, um prédio de escritórios de salto padrão em São Paulo,
deve ficar pronto no final do ano que vem, ao custo de R$ 28,5 milhões. A
construção está a cargo da Ricci Engenharia. Segundo a RMC, o
empreendimento possui carta de performance da Sociedade Brasileira de
Finanças (que pertence ao Banco Pactual) garantindo que o projeto terá
prazo e preço respeitados. A rentabilidade mínima prevista é de 14% ao
ano.
Tanto neste caso, como em outros que estão sendo avaliados pelo grupo,
a avaliação é feita em conjunto mas a decisão de investir é tomada
individualmente por cada fundação. “O grupo analisa, mas não decide
investimentos”, explica Ricardo Mansueto, diretor financeiro da Faceb.
Porém, como as análises são compartilhadas, várias fundações acabam
dando passos na mesma direção, como aconteceu no caso do Memorial
Office Building.
O grupo está analisando os projetos de participação no Shopping Light, de
São Paulo, a aquisição de cotas de um fundo de investimento imobiliário
de Porto Alegre, chamado Fundo Hermes (complexo de escritórios atrelado
a um hospital) e cotas de um projeto de construção administração de um
hospital em Brasília, da Hospitalium.
Os diretores financeiros dos fundos brasilienses Faceb, Geap, Geiprev,
Funterra, Fundiágua, Fipec, Regius, Cibrius, Ceres, São Francisco e
Previnorte são os que integram o comitê. Às vezes, também há a
participação de três fundações de Goiás (Previdelg, Prebeg e Previsan) e
uma de Mato Grosso do Sul, a fundação Enersul.
A idéia de ser reunirem surgiu por acaso. É que todos os fundos de
pensão recebiam visitas regulares de empresas interessadas em
apresentar propostas de investimento. Com uma reunião única, poderia
se dar aos dirigentes oportunidade de economizar custos com uma
avaliação externa única.
“Ao mesmo tempo em que dá maior amplitude ao expositor, reduz custos
de avaliação”, diz Ricardo Mansueto, diretor financeiro da Faceb. Há
também a questão da soma de experiências dos analistas de cada
fundação na hora da apresentação da proposta.