Edição 214
A suspeita sobre a realização de investimentos irregulares no Previ-Rio, instituto de previdência dos servidores municipais do Rio de Janeiro, trouxe à tona um problema que vem se arrastando desde 2004. Por força de liminares obtidas junto à Justiça Federal (Tribunal da Segunda Região), o regime próprio tem conseguido renovar seu Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP) sem a necessidade de prestar informações à Secretaria de Políticas de Previdência Social (SPPS), que fiscaliza o segmento. Por isso, o órgão que é ligado ao Ministério da Previdência Social alega que não teve condições de prever e muito menos de evitar os problemas que levaram à queda do presidente do Previ-Rio, Marcelo Cordeiro, e do diretor de investimentos, Luciano Barbosa Filho.O instituto é investigado pela procuradoria do município e agora por uma CPI na Câmara Municipal devido à suspeita de irregularidade em uma aplicação de R$ 70 milhões no fundo de investimento gerido pela Aster Asset Management. Os gestores do fundo aplicaram cerca de R$ 61 milhões em uma única empresa, a Casual Dinning, que é dona da rede carioca de restaurantes Garcia & Rodrigues. Os diretores da Aster são os mesmos da Casual Dining.