Educação previdenciária na rede mundial | Fundos de pensão utiliz...

Edição 212

O TIAA-CREF, fundo de pensão de professores universitários norte- americanos, oferece a seus participantes uma senha com a qual podem acessar um site e discutir questões relacionadas à previdência. Na página que a organização mantém no Facebook, os visitantes podem jogar Nest Egg Challenge com os amigos, um jogo interativo que incentiva discussões sobre finanças pessoais.Já a consultoria de investimentos Putnam Investments opera três blogs, um deles chamado “O Desafio da Economia para a Aposentadoria”, que não apenas oferece a perspectiva da Putnam via comentários, mas também direciona os usuários para o Scribd, um site em que as pessoas podem publicar documentos e livros especializados. O artigo da Putnam “Por que o 401 (k) vai prevalecer – e como” foi adicionado recentemente ao Scribd. Dois outros blogs da empresa oferecem informações financeiras, assim como links para o Twitter da companhia e páginas no Facebook.E entre tantos clientes e consultores como Hewitt Associates e Towers Watson, os participantes podem acessar a conta do Twitter de suas patrocinadoras, vendo o serviço de mensagem em tempo real. Lá eles conseguem encontrar alertas sobre como obter mais informações em relação a estratégias de aposentadoria.De fato, os gestores começaram a usar as mídias sociais – que incluem Facebook, Twitter, YouTube e LinkedIn – das formas mais diversas para educar os participantes sobre seus planos de aposentadoria. “Nosso objetivo é a educação financeira”, afirma Jeffrey Fleischman, Chief Digital Officer do TIAA-CREF, de Nova York. “Nosso comprometimento é falar com os consumidores onde eles estejam confortáveis.” Assim como outros executivos, Fleischman afirma que sua organização enfatiza a necessidade de educação, e não utiliza a mídia social para vender serviços. O objetivo é evitar que os reguladores acendam a luz vermelha. “Nós temos um alto nível de engajamento por parte de nossas equipes de legislação e compliance”, explica. “Eles revisam o conteúdo do que é publicado da mesma forma que revisam outras fontes de informação.”
Atividade regulada – No último dia 25, a agência reguladora não- governamental Financial Industry Regulatory Authority (Finra) lançou um guia sobre o uso de blogs e mídia social para players da indústria financeira. Questões regulatórias e legais são as principais razões que fazem os gestores e fundos de pensão tomarem cuidado na hora de usar as mídias sociais.“Sabemos que as empresas gostam de disseminar informações em doses pequenas”, afirma Marina Edwards, consultora sênior da Towers Watson, em Chicago. Ela não cita nomes, mas afirma que o setor de varejo parece ser o mais interessado em utilizar as mídias sociais para fornecer informações sobre aposentadorias.Ela completa que o Twitter aparece como a fonte mais popular porque permite a divulgação de informações mais rápidas. “É uma forma interessante de fazer o participante entender como funciona o plano de Contribuição Definida, mas vale lembrar que a informação publicada nesses sites não é confidencial, nem é uma consultoria.” O Twitter, disponível em diversos aparelhos, como telefones celulares e PDAs, demanda concisão, já que as mensagens só podem conter até 140 caracteres.Marina afirma que enquanto os maiores fundos de pensão parecem estar mais interessados em utilizar as mídias sociais, eles também têm as maiores preocupações. Ela declara que as principais questões trazidas pelos clientes envolvem dúvidas sobre como monitorar os sites em relação a linguagem inapropriada, ter certeza de que os funcionários não estão desperdiçando o tempo de trabalho, assegurar que a informação é segura e entrar em contato com empregados insatisfeitos.Alguns clientes da Hewitt Associates, Lincolnshire III, usam o Twitter para publicar lembretes sobre os planos de aposentadoria, e eles têm blogs que permitem às pessoas dividir histórias sobre seus planos de previdência, declara Jim Hoff, diretor de soluções e estratégias da Hewitt.Ele preferiu não divulgar o nome de seus clientes.Os participantes são encorajados a publicar histórias de “como eu economizei” ou “como eu me aposentei”, uma vez que esses depoimentos têm um impacto maior que pronunciamentos oficiais da empresa, completa Hoff. Os clientes também usam o Twitter para fornecer informações sobre planos de aposentadoria. “São publicadas dicas rápidas e lembretes”, declara.