Edição 21
A Petros está definindo os critérios para a terceirização de cerca de R$ 200
milhões da sua carteira de renda variável
A Petros está definindo os critérios para a terceirização de cerca de R$ 200
milhões da sua carteira de renda variável. O resultado, que deverá ser
anunciado em três ou quatro meses, prevê a criação de um ou mais
fundos exclusivos de investimento em nome da fundação, com
administração terceirizada.
Esses recursos devem se somar aos R$ 500 milhões que a Petros já
gerência de forma compartilhada com o Banco Opportunity, desde o final
do ano passado (ver Investidor Institucional nº 11). A terceirização dos
novos recursos não irá obedecer ao mesmo modelo de gestão
compartilhada, até porque esse modelo envolve a transferência de
tecnologia de gestão do banco para a fundação e seria conflitante a
absorção de modelos diferentes.
Porisso, a escolha deve recair os fundos exclusivos. Essa opção é um
passo maior, e mais ousado, que a fundação dá no sentido de colocar
seus investimentos sob gestão externa. No caso do acordo com o
Opportunity, a gestão é feita em consórcio com o banco e a fundação
mantém poder de veto sobre as decisões, além de fazer internamente a
liquidação e a custódia dos papéis. No caso da entrega dos recursos a um
fundo exclusivo, a gestão é totalmente do administrador externo.
Prazos – A escolha do gestor (ou gestores) dos fundos exclusivos deverá
acontecer até o final do ano. Um estudo de avaliação de performance está
sendo conduzido pela Barra, desde o final de agosto, e deve estar
concluído ao final de outubro. De posse desse estudo, a Petros irá iniciar
um processo interno de seleção dos nomes listados pela empresa, o qual
deverá durar mais um mês ou dois, segundo confidenciou uma fonte da
fundação a esta publicação.
A idéia de colocar parte dos investimentos sob administração externa
começou no ano passado, com a posse de Francisco Gonzaga de Oliveira
na presidência da fundação. Ao falar com Investidor Institucional, em
março deste ano, sobre o acordo com o Opportunity, Gonzaga
disse: “Estamos iniciando uma experiência, nada nesse assunto é
definitivo”.
Naquela entrevista, ele afirmou que os recursos colocados sob gestão
externa poderiam crescer ou encolher, dependendo dos resultados da
carteira de gestão compartilhada. O banco Opportunity, embora sem
disponibilizar os números, garantiu que os resultados dessa carteira estão
sendo “muito bons”.