Edição 2
As margens de lucro das administradoras de recursos estão aumentando,
especialmente entre as firmas independentes
As margens de lucro das administradoras de recursos estão aumentando,
especialmente entre as firmas independentes, segundo dados
preliminares de pesquisa Análise de Negócios, Finanças e Remuneração,
realizada anualmente pela Investment Counseling Inc., dos Estados
Unidos. Os ganhos dessas empresas subiram, em média, 25% em 1994 e
31% em 1995. O aumento da receita de honorários e os menores níveis
de despesas operacionais ajudaram a elevar a rentabilidade, de acordo
com o estudo.
A empresa média elevou a receita em 11,6% no ano passado, bem acima
da expansão média de 4,7% em 1994, enquanto as despesas
operacionais cresceram 7,5% em 1995, comparados com 15,8% em 1994.
O mercado em alta desempenhou um papel significativo na melhoria das
margens, afirmou Gregory Hazlett, diretor de pesquisa da Investment
Counseling.
Valorização – Conforme relata reportagem do jornal Pension & Investment,
o vigor dos mercados financeiros em 1995 não só contribuíram para
ampliar a receita, como favoreceram o fortalecimento das bases de ativos
por meio da acentuada valorização de mercado.
Ao mesmo tempo, a redução dos custos operacionais no ano passado
pode ter sido uma conseqüência de gastos anteriores feitos para atualizar
a tecnologia e investir na empresa, afirmou Hazlett. As administradoras de
investimentos colheram durante a alta do mercado em 1995 as vantagens
de suas melhorias realizadas no ano anterior. “O momento oportuno pode
ter sido um fator em termos de despesas (efetuadas) e um quadro difícil
(de mercado) em 1994, comparados com despesas menores e mais
receita em um ambiente bem melhor em 1995”, afirmou Hazlett.
Em média, as empresas norte-americanas aumentaram em 21% os ativos
no ano passado, com uma taxa média anual acumulada de crescimento
de 14% nos últimos três anos. As administradoras independentes de
recursos foram as que cresceram mais, com uma taxa anual de 22,7%,
seguidas por subsidiárias de corretoras e bancos de investimento, que
avançaram 14,2%, e por seguradoras, que evoluíram à taxa de 11,3% no
período. As subsidiárias de bancos e empresas fiduciárias foram as que se
expandiram mais lentamente, com uma taxa média de 9%.
Perspectivas – O aumento de ativos sob administração ocorreu
principalmente devido à valorização de mercado e às aplicações dos
clientes já existentes. O acréscimo de novos investidores desempenhou
um papel menor, observou Hazlett. A melhoria das margens de lucro
poderá continuar até o final de 1996, apesar das perspectivas de mercado
menos róseas para este ano, declarou.
Graças ao crescimento dos ativos durante 1995, as administradoras estão
obtendo receitas maiores e os clientes também demoram a se retirar de
uma administradora quando o desempenho declina, revelou.
O estudo também concluiu que os salários melhoraram em conjunto entre
as administradoras de recursos, disse Hazlett. Embora esses resultados
ainda estejam sendo tabulados, existem indícios de que a remuneração
está perdendo mais para bonificações do que para os salários base.
O estudo inclui dados de 85 instituições, clientes privados e empresas de
fundos mútuos de varejo. O resultado final será divulgado este mês e
abrangerá informações sobre operações, salários e outras práticas dentro
das firmas pesquisadas.