Abamec recebe sugestões para os padrões dentro de 1 mês

Edição 19

O 5º Enca realizado em Santa Fé do Sul (RS), colocou em pauta a
discussão das teses para a criação dos padrões brasileiros de
apresentação de performance

O 5º Enca – Encontro Nacional dos Conselheiros da Abamec, realizado em
Santa Fé do Sul (RS), na segunda semana de agosto, colocou em pauta a
discussão das teses para a criação dos padrões brasileiros de
apresentação de performance, que já foram batizados como PAP, pelo
mercado. Segundo João Alberto Gomes Bernacchio, diretor da Abamec-
SP, “é importante que em primeiro de janeiro do ano que vem, as regras
do PAP estejam definidas e em vigor, para dar mais transparência ao
mercado”.
O criação do PAP é um trabalho que foi iniciado pela Associação Brasileira
dos Analistas do Mercado de Capitais, a partir da tradução das normas
usadas pela Association for Investment Management and Research
(AIMR), que pode ser considerada a Abamec dos Estados Unidos. Essas
normas da AIMR foram editadas pela entidade em 1993, com o objetivo
de normatizar aquele mercado, que até aquele momento vivia uma
confusão de padrões de performance como a que vive hoje o Brasil.
Baseado nas normas da AIMR, a Abamec nacional criou comitês
específicos para discutir o assunto e incentivou as regionais a entrar na
discussão, apresentando sugestões ao documento que a entidade
nacional irá definir e apresentar, ainda este ano, à Comissão de Valores
Mobiliários (CVM).
De acordo com Bernacchio, “a linha mestra da nossa proposta já está
definida”. O texto final da proposta saída do 5º Enca está sendo redigido
e será entregue em 1 mês à entidade nacional.
Para a coordenadora do comitê de padronização criado pela Abamec-RJ,
Elaine Restier Gonçalves, “a idéia é tropicalizar os padrões norte-
americanos, adaptando-os às peculiaridades brasileiras”. Além disso,
alguns padrões usados nos EUA, como é o caso do desvio-padrão, por
exemplo, poderiam ser trocados no Brasil por conceitos mais modernos,
como o semi desvio-padrão, no qual se considera apenas o desvio
negativo. “O desvio para cima é positivo para o aplicador”, diz Elaine.
Ela acredita que as sugestões do comitê da Abamec-RJ estejam prontas
em 15 dias. “Estou pesquisando as vulnerabilidades, vendo o que a AIMR
dos Estados Unidos faz que nós não fazemos, e porque não fazemos”,
diz. “Já estamos com 80% das definições fechadas”.