Escolhidos os 5 bancos da carteira da Sistel

Edição 19

A Sistel, fundação dos empregados do sistema Telebrás, já escolheu os
nomes dos cinco bancos que irão administrar parte de sua carteira de
renda variável, de U$ 200 milhões

A Sistel, fundação dos empregados do sistema Telebrás, já escolheu os
nomes dos cinco bancos que irão administrar parte de sua carteira de
renda variável, de U$ 200 milhões. São eles: Itaú Bankers Trust, BBA
Capital, Garantia, Pactual, e Patrimônio. Caberá a cada um desses
gestores administrar cerca de R$ 40 milhões.
Além de fazer a administração dos recursos, esses cinco bancos vão
assinar um contrato com a fundação, comprometendo-se a dar
treinamento à sua área de investimentos. Assim, a Sistel garante acesso
à tecnologia de investimentos desses bancos.
A escolha da Sistel baseou-se em três critérios: tamanho das carteiras já
administradas pelo banco, rentabilidade obtida nessas carteiras e domínio
de tecnologias modernas de administração de portfólios, para repassar à
Sistel. Esse último item teve peso decisivo na escolha, uma vez que a
carteira terceirizada representa apenas 20% da carteira total de renda
variável, e a Sistel quer usar a tecnologia adquirida para administrar
internamente os 80% restantes.
Embora já escolhidos, o nome dos 5 não tinha ainda sido anunciado pela
fundação até o final da primeira quinzena de agosto. A assessoria de
comunicação da Sistel informou que “ainda não há nada a falar sobre
esse processo”. A divulgação oficial dos nomes está prevista para o final
deste mês, pela diretoria de investimentos do fundo.
Na verdade, os 5 estavam escolhidos desde julho e só não foram
anunciados antes por causa de um atrito entre a Telet, um consórcio do
qual a Sistel participa junto com outros fundos de pensão e que disputa a
telefonia celular nas áreas 2 (interior de São Paulo) e 3 (Rio de Janeiro), e
o ministro da Comunicações, Sérgio Motta. O ministro tentou inabilitar o
consórcio, que para garantir sua participação no processo entrou com
mandado de segurança contra a decisão. Mas, na sua petição, o advogado
do consórcio utilizou termos considerados ofensivos pelo ministro e foi
criada uma situação de mal-estar. A decisão da Sistel, nesse contexto, foi
adiar a divulgação do nome dos vencedores dessa terceirização de ativos.
Mas, diversas pessoas bem informadas do mercado já conheciam a lista.
Os vencedores evitam falar dos resultados ou dos critérios usados pela
fundação na escolha, pois consideram que “a decisão de fazer qualquer
divulgação deve partir do cliente, não é uma decisão nossa”. Essa foi a
posição que Investidor Institucional ouviu de 4 dos 5 vencedores.
Mas, entre os preteridos, havia gente disposta a falar, desde que
preservada sua identidade. “Não entendo porque eles só escolheram
bancos menores”, criticou o dirigente de um grande banco. Outro, apesar
de reclamar que os bancos mais tradicionais ficaram de fora, avalia
que “aparentemente, eles optaram por bancos mais agressivos e com
maior atuação na renda variável”.
O processo de terceirização dessa carteira começou no final do ano
passado, quando 22 bancos foram selecionados para apresentarem
propostas e estudos. Desses, 16 chegaram à reta final e 5 foram os
escolhidos. A Sistel possui ativos de R$ 4 bilhões, sendo cerca de R$ 1,2
bilhão em renda variável. A carteira terceirizada, de R$ 200 milhões,
representa cerca de 20% do total de renda variável.

Opportunity – A Sistel está entrando num fundo de private equity do Banco
Opportunity, com R$ 50 milhões. O fundo do Opportunity pretende captar
R$ 1,15 bilhão, dos quais R$ 400 milhões no Brasil e R$ 750 milhões no
exterior, para aplicar nas empresas privatizadas das áreas de infra-
estrutura e também em fornecedores dessas empresa.