Levantamento aponta fragilidade de ações de IPO‘s

Edição 189

Pesquisa da FGV põe em xeque a liquidez das ações das empresas que fizeram IPO em 2007

Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) põe em xeque a liquidez das ações das empresas que fizeram IPO em 2007. Desconsiderando o primeiro dia de negociação, o volume negociado decresceu, em média, 35,8% na primeira semana. Além disso, cerca de 50% dos papéis de empresas que realizaram IPO apresentaram diminuição superior a 51% entre a data da oferta e fevereiro último. Segundo o autor da pesquisa, Andrei Simonassi, a principal causa da queda de liquidez está na incerteza do cenário internacional. “Na medida em que não se sabe para onde a economia dos Estados Unidos vai, o receio aumenta”, disse. O estudo também aborda a rentabilidade das ações de IPO´s. Em 2007, das 47 empresas que estrearam na bolsa, somente 29 (62%) apresentaram retorno positivo ao fim do primeiro dia de negociação, número que cai para 25 (53%) no fim da primeira semana e para 13 (28%) entre a data da respectiva abertura de capital e o dia 1º de fevereiro de 2008. Os resultados desanimadores unidos à maior volatilidade da Bovespa devem afetar o ritmo de abertura de capital de empresas na Bovespa durante todo o ano. “A baixa rentabilidade e a queda da liquidez podem durar enquanto pairar as incertezas no mercado internacional”, afirmou Simonassi.