Edição 183
A Cesp está na mira do governo do Estado com a retomada do programa
estadual de desestatização
A Companhia Energética de São Paulo (Cesp) está na mira do governo do
Estado com a retomada do programa estadual de desestatização. O
primeiro passo foi a abertura de licitação para contratar a empresa que vai
analisar o valor das ações das estatais. No plano há 10 anos, a Cesp é a
maior geradora de energia do Estado, com 33% do seu capital controlado
pelo governo estadual.
O balanço financeiro do primeiro semestre da Cesp aponta uma dívida de
R$ 6,6 bilhões. Há um ano, a dívida era de R$ 12 bilhões e foi reduzida
com a captação de recursos no mercado financeiro e, também, com a
venda da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep)
por R$ 1,193 bilhão em 2006 para a estatal colombiana ISA.
Nos 20 dias de turbulência pelo qual o mercado passou em agosto, os
papéis da empresa sofreram uma queda de cerca de 15%. “Nada mudou,
os resultados e as perspectivas para a Cesp continuam bons”, afirma a
analista de energia da ABN Amro Real Corretora, Rosângela Ribeiro. Para
ela a aplicação em ações da empresa é uma boa opção para
investimentos de longo prazo.
Outra empresa do setor elétrico que também está no plano de
desestatização paulista é a Empresa Metropolitana de Águas e Energia
S.A. (Emae).