Estrangeiros alongam dívida brasileira

Edição 181

A participação dos investidores estrangeiros no mercado financeiro, entre
janeiro de 2006 e abril de 2007 aumentou 69%

Passados 15 meses da extinção de alíquota de Imposto de Renda sobre o
rendimento das aplicações de investidores estrangeiros em títulos públicos
(por meio da Medida Provisória n° 281 convertida na Lei 11.312/06), a
Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro (Andima) faz
um balanço positivo da medida. A entidade destaca o alongamento da
dívida pública federal como um dos principais benefícios. O prazo médio
das ofertas públicas de NTN-B e NTN-C entre janeiro e fevereiro de 2006,
por exemplo, apresentou variação significativa, de 43,96 meses para
82,76 meses. O perfil da composição da dívida também deu um salto de
qualidade. Dados do Tesouro Nacional mostram que, entre janeiro de
2006 (mês que antecedeu à edição da MP) e maio de 2007, a parcela dos
títulos atrelados à taxa Selic recuou de 49,48% para 36,68%, enquanto a
dos prefixados e a dos corrigidos por índices de preços cresceram de
26,7% para 37,02% e de 19,15% para 22,94%, respectivamente. As
emissões em oferta pública têm se caracterizado majoritariamente por
títulos prefixados e atrelados a índices de preço, correspondendo, em
maio, a 84% do total emitido. De acordo com dados da CVM, a
participação dos investidores estrangeiros no mercado financeiro, entre
janeiro de 2006 e abril de 2007, aumentou 69%, de US$ 73,27 bilhões
para US$ 123,97 bilhões, tendo a parcela investida em renda fixa crescido
cerca de 400%, de US$ 4,77 bilhões para US$ 24,49 bilhões.