Edição 17
A Golden Cross vai concorrer no mercado de previdência privada aberta
A Golden Cross vai concorrer no mercado de previdência privada aberta.
Maior empresa no setor de convênios médicos no Brasil com faturamento
mensal em torno R$ 100 milhões, só aguarda o aval da Superintendência
de Seguros Privados (Susep) para fazer o lançamento nacional do novo
produto, o que deve ocorrer entre os meses de agosto e setembro. “Nossa
meta inicial, que compreende apenas parte do segundo semestre de
1997, é chegar a R$ 2 milhões em contribuições”, prevê Horácio
Catapreta, diretor de previdência privada.
Para chegar a esse número e atingir um faturamento de R$ 40 milhões
em cinco anos, a empresa vai utilizar uma rede de 150 mil corretores em
todo o país, que já comercializam os seus planos de saúde. Elas serão
responsáveis pela criação de 10 mil novos clientes individuais por mês,
prevê Catapreta.
“Já investimos cerca de R$ 3 milhões neste produto”, diz Catapreta.
Posteriormente, a Golden Cross irá intensificar a publicidade se utilizando,
em princípio, da mala-direta da companhia e do departamento de
telemarketing para, depois, fazer anúncios em jornais e televisões.
Não é a primeira vez que a Golden tenta entrar no ramo de previdência
privada. Entre 1977 e 1979 ela chegou a entrar no mercado, mas preferiu
abandoná-lo. Catapreta diz que as conjunturas da época não favoreciam a
investida. “Mas, no ano passado, graças à estabilização da economia,
resolvemos apostar nesse nicho de mercado”, disse.
O desenho do plano da empresa, já defindo, ainda não pode ser
divulgado. Porém, o executivo adianta que as contribuições poderão ser
variáveis e a taxa de administração deverá ficar perto de 7%. O gestor
dos recursos obtidos com as vendas deverá ser o Banco de Boston, que já
administra os ativos do plano que a Golden Cross criou no ano passado
para seus funcionários.
Após a reforma – Outra da área de saúde que também deverá entrar no
mercado de previdência aberta é a Marítima Seguros. Segundo Almir
Ribeiro Martins, superintendente de riscos pessoas da empresa, o plano
está aprovado pela Susep desde o ano passado.
A empresa já tem cerca de 300 clientes, englobando sua base de pessoas
físicas e jurídicas. “Mas ainda não definimos nossa estratégia, pois
conhecemos pouco do mercado”, informa Martins. Ele assegura, porém,
que o plano da Marítima será muito competitivo.
Ainda de acordo com Martins, a Marítima só fará o lançamento do seu
plano depois que a Reforma da Previdência estiver pronta.