Edição 166
A aplicação campeã no ano passado foi a Bolsa de Valores, cujo Índice
Bovespa subiu 24,99% em termos reais
De acordo com a análise “Rendimentos financeiros em 2005”, da
Engenheiros Financeiros & Consultores (EFC), a aplicação campeã no ano
passado foi a Bolsa de Valores, cujo Índice Bovespa subiu 24,99% em
termos reais. Os fundos de investimentos em ações ficaram em segundo
lugar, com alta de 22,39%, e as aplicações em renda fixa – nas
modalidades FIF Referenciado, FIF Não Referenciado e CDB – atingiram,
em termos reais, rentabilidade de 13,43% a 17,22%. “Os números são
bons, mas brutos. É preciso descontar o Imposto de Renda, cuja alíquota
varia de acordo com o prazo da aplicação”, ressalva a consultoria.
Outra aplicação de renda fixa, a caderneta de poupança, ofereceu
rentabilidade de 7,87% no ano, considerando que a inflação medida pelo
Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) foi muito baixa. Utilizando-se o
índice oficial de inflação do governo, o Índice de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA), o rendimento real da poupança cai para 3,31%. Contudo,
pontua a pesquisa da EFC, as aplicações de pessoas físicas nessa
modalidade não pagam IR nem na fonte, nem na declaração anual.
Segundo análise da EFC, o cenário em 2006 poderá fazer com que as
aplicações de renda variável tenham um novo bom desempenho. Mas as
aplicações na Bolsa são vistas com ressalva. “O Índice Bovespa se
aproxima do limite superior estatístico, o que torna o mercado de ações
mais arriscado para os que, empolgados pela subida de 2005, queiram
entrar nesse tipo de investimentos em 2006”, conclui a consultoria.