Sadia quer competição em renda variável

Edição 14

A Fundação Attilio Fontana, cuja patrocinadora é a Sadia, quer correr mais
riscos

A Fundação Attilio Fontana, cuja patrocinadora é a Sadia, quer correr mais
riscos. Atualmente, de uma carteira de investimentos de R$ 270 milhões,
a fundação aplica 1/3 em renda variável, mas dentro de uma estratégia
bastante conservadora. Essa carteira de ações é administrada pela
corretora Concórdia, do próprio grupo.
A fundação quer diluir os investimentos em renda variável, colocando
outros bancos como gestores, além da corretora. “Nossa idéia é ter uma
parte dos ativos administrados por um banco de benthmark agressivo,
uma parte por um banco de benthmark moderado e uma última parte
com nossa própria corretora”, afirma o diretor de benefícios do fundo, José
Fernando Monteiro Alves.
“Seria uma forma de promover uma competição sadia, por melhores
resultados”, diz ele. O ingresso de novos administradores não significaria
abrir mão da segurança nas aplicações, “mas correr um pouco mais de
risco para tentar obter uma rentabilidade melhor”. De acordo com Monteiro
Alves, a fundação já manteve conversas com o Bradesco, o CCF e o Itaú.
A corretora Concórdia administra, além da renda variável da fundação,
também sua renda-fixa. Mas não só isso, administra também os recursos
da Sadia. “Eles giram cerca de R$ 500 milhões, porisso conseguem boa
rentabilidade, principalmente para papéis de renda-fixa, que demandam
volume para serem bem remunerados”.
Além de ter 1/3 de sua carteira de investimentos em ações, a fundação
tem 1/3 em imóveis e 1/3 em recursos disponíveis “para procurar boas
oportunidades de negócios”, explica Monteiro Alves.