Towers & Perrin terá banco de performance

Edição 13

A Towers & Perrin, está desenvolvendo um banco de dados que permitirá
medir a performance dos fundos de investimento do mercado

A Towers & Perrin, empresa que atua na área de consultoria e assessoria a
investidores institucionais, está desenvolvendo um banco de dados que
permitirá medir a performance dos fundos de investimento do mercado.
Dos 22 bancos com os quais a empresa vem mantendo contato, 8 já
aceitaram colocar à sua disposição informações sobre os seus fundos.
As informações que os bancos disponibilizarão vão incluir o tamanho das
sua carteiras, a data de início de operação, as valorizações, o pessoal que
administra, os tipos de softwares usados, os benchmark usados, etc. De
posse dessas informações, que serão padronizadas de forma a permitir a
comparação entre elas, a Towers irá analisar a performance do conjunto
dos produtos do banco, englobando os fundos de renda fixa, os de renda
variável (de conservadores a agressivos) e os de renda mista (de
conservadores a agressivos). “Estamos conversando com os grandes
players do mercado, e eles tem se mostrado bastante receptivos”, conta
o consultor senior da Towers, Jean-Remi Mayrand. “Achamos que ainda
neste ano teremos o banco de dados montado e funcionando”.
A idéia da Towers é vender o acesso às informações do banco de dados
aos grandes investidores, permitindo a eles encontrar o administrador que
tenha a estratégia mais compatível com sua carteira. E esse não é,
necessariamente, aquele cujos fundos apresentem as mais altas
rentabilidades, mas os que tenham uma relação de risco/rentabilidade
mais compatível com as necessidades do cliente.

Atualização – O banco de dados da Towers deverá ser atualizado a cada
três meses, segundo Mayrand. De acordo com ele, a padronização dos
dados vindos dos bancos não é uma coisa simples, uma vez que as
instituições adotam diferentes critérios de contabilização de ativos e de
resultados. Por exemplo, algumas não deduzem o imposto de renda do
fundo, por causa da imunidade tributária, enquanto outras fazem essa
dedução. “Os dados precisam ser uniformes, para permitir as
comparações”, explica o consultor. “As informações que vamos pedir virão
em formatos bem específicos”.
Segundo ele, a rentabilidade do fundo deverá ser medida antes do
recolhimento do imposto e excluirá o efeito do cash-flow. Além disso, ela
será medida diariamente e multiplicada pelo número de dias do período
avaliado, formando uma rentabilidade composta. “Os bancos que
visitamos se mostraram muito animados com a idéia, porque acham que
o mercado precisa disso”, diz Mayrand. “Alguns bancos grandes estão
perdendo carteiras importantes para bancos menores, que nem sempre
têm informações muito boas. Esses bancos mostram uma excelente
rentabilidade para um único fundo, os outros não são tão bons, mas eles
ganham o cliente”.