O fundo patrimonial da Universidade de Harvard, o maior entre as instituições acadêmicas do mundo, alcançou US$ 56,9 bilhões (R$ 310 bilhões) no ano fiscal de 2025, um aumento de quase US$ 4 bilhões (R$ 21,75 bilhões) em relação ao período anterior. O crescimento foi impulsionado por retornos robustos de investimento, mesmo diante de cortes federais no financiamento à pesquisa promovidos pelo governo Trump.
De acordo com o relatório anual divulgado pela Harvard Management Company, responsável pela gestão dos recursos, o fundo obteve retorno de 11,9% no exercício encerrado em 30 de junho, superando a meta de longo prazo de 8%. No ano anterior, o ganho havia sido de 9,6%, com patrimônio total de US$ 53,2 bilhões. Além disso, a universidade registrou um recorde de US$ 600 milhões em doações irrestritas de ex-alunos e apoiadores.
O período foi marcado por tensões entre Harvard e o governo Trump, após acusações de antissemitismo no campus durante a guerra de Israel em Gaza. A disputa se estendeu para a esfera judicial e incluiu tentativas federais de limitar o financiamento à pesquisa e o ingresso de estudantes estrangeiros.
Em sua estratégia de investimentos, o fundo manteve 41% dos ativos em private equity, 31% em fundos de hedge e 14% em ações públicas, conforme informações detalhadas pela Harvard Management Company, braço de investimentos da universidade.