01-07-2016 – 17:21:33
As ações que compõem os setores financeiro e de consumo foram as mais indicadas para o mês de julho por bancos e corretoras. De dez carteiras recomendadas para o mês que se inicia nesta sexta-feira, 1º de julho, Itaú Unibanco e BB Seguridade aparecem, cada uma, em seis delas. Em seguida, empatadas com cinco indicações aparecem BRF, Ambev e Cielo. Participaram do levantamento BB Investimentos, Bradesco BBI, Citi Corretora, Magliano, Planner, Coinvalores, Socopa, Elite, XP e Guide.
No caso do Itaú, a equipe de análise da BB Investimentos destaca que optou por manter a exposição de 15% de seu portfólio no ativo apesar da avaliação de que o setor ainda deve sofrer, no curto prazo, com a queda da qualidade da carteira, que exigirá maiores provisões. “Porém, em nossa opinião, Itaú e Bradesco deverão sofrer menos neste segundo trimestre. Optamos pelo Itaú, pois, apesar de ainda ser o banco mais rentável do setor, está apresentando uma performance de quase 30% abaixo do Bradesco, em rentabilidade acumulada no ano”.
Sobre a BB Seguridade, os especialistas da XP explicam que aumentaram sua posição no papel de 15% para 17% por acreditarem que, além do valuation atrativo, o ativo se beneficia da manutenção das taxas de juros por um prazo maior, devido a receita financeira da empresa. “Aliado a isso, mais de 1/3 das suas receitas são provenientes do segmento de previdência privada que tende a se beneficiar de uma possível reforma da previdência, que eventualmente terá que ocorrer”.
Consumo – Entre as ações do setor de consumo, os analistas da Guide colocaram em julho as ações da BRF em sua carteira por entenderem que, mesmo diante do cenário conjuntural adverso no mercado interno, as perspectivas para o desempenho comercial da companhia seguem positivas, dadas a crescente demanda por proteínas animais pelo mundo. “As exportações respondem por aproximadamente 50% do faturamento consolidado da empresa”
Em relação à Ambev, a equipe da Planner manteve o ativo em sua carteira pela expectativa de que a empresa continue apresentando bons resultados, em função de sua dominância no mercado nacional e pelo excelente desempenho de suas unidades no exterior. “Vale lembrar que a Ambev detém 67,5% do mercado brasileiro de cervejas e 19,6% de refrigerantes”. Apesar da constatação, a corretora reduziu sua posição no ativo de 12% para 10%.
Sobre a Cielo, os especialistas do Citi notam que a companhia conta com consistente histórico de resultados e expectativa de aceleração no crescimento de lucros ao longo dos próximos anos através da redução da alavancagem financeira, o que proporcionará simultaneamente o aumento dos dividendos e a queda da dívida líquida/Ebitda de 1,8x para 0,5x em 2018. “O LPA deve crescer 10% em 2016, 15% em 2017 e 18% em 2018”.