19-05-2016 – 17:46:20
O Santander avalia que, com as mudanças ocorridas nos últimos dias no cenário político, o governo interino terá condições de melhorar os rumos da economia do país, e revisou suas projeções para os indicadores econômicos em 2016 e 2017. Para o PIB, a estimativa da equipe econômica do banco, liderada por Mauricio Molan, subiu de 1,2% para 2% em 2017. Para 2016 a previsão do banco de uma retração de 3,7% permaneceu inalterada.
A nova equipe econômica, diz o relatório do Santander intitulado “Sob nova direção”, terá como prioridade o ajuste fiscal, com “nomes fortes na formulação de politicas”. O banco acredita também que o governo interino contará com “ampla base de apoio” no Congresso. “Essa abordagem tende a resultar em recuperação adicional da confiança de investidores (mercado), empresários e consumidores, já no curto prazo (próximos meses)”.
A nova equipe econômica, prossegue o Santander, deve apresentar medidas compatíveis com um ajuste fiscal de 3% do PIB para 2017 e 2018, o que tende a elevar “substancialmente” as chances de estabilização da dívida pública após as eleições de 2018. “Com isso é possível esperar por um ciclo de relativo otimismo e consequente valorização de ativos brasileiros”.
O banco revisou sua projeção para a taxa de câmbio em 2016, de R$ 4,20 para R$ 3,65, e em 2017, de R$ 4,20 para R$ 3,95. Para o IPCA, a estimativa foi de 6% para 5,20% no ano que vem; para este ano, a projeção ficou inalterada em 7%. A redução da inflação, e a expectativa por um câmbio mais apreciado tendem a contribuir para a maior ancoragem das projeções para o IPCA, e abrir espaço para reduções mais agressivas nos juros, prevê o Santander. Para a taxa Selic, o banco alterou de 13% para 12,75% sua projeção para 2016, e de 11,5% para 10% em 2017.