04-02-2015 – 15:36:39
Com investimentos aplicados exclusivamente em fundos de renda fixa, o instituto de previdência de Santa Catarina, Iprev, superou a meta de 2014, encerrando o ano com rentabilidade de 15,12% – 2,66 pontos percentuais acima do objetivo para o período. Com o resultado, foi possível cobrir parte das perdas do ano anterior, quando a carteira do RPPS registrou rendimentos negativos em 3,3%.
“Aumentamos exposição em fundos IMA até maio, chegando a aplicar mais de 40% do patrimônio no segmento. Após esse período, prevendo forte volatilidade no mercado com as eleições, reduzimos alocação para 9% do PL”, explica o diretor de investimentos, Marcelo Panosso. Por outro lado, os recursos foram alocados para fundos de mais curto-prazo e, portanto, menos suscetíveis às oscilações do mercado. “Encerramos o ano com 60% dos recursos aplicados em IRF-M1. Além disso, deixamos até 12% em operações compromissadas”, complementa.
Para este ano, a estratégia de alocações se mantém conservadora. “Não acreditamos que o cenário econômico do país vai melhorar em 2015, então não temos planos de investir em outros segmentos. Não achamos que seja um bom momento para renda variável nem fundos estruturados”, afirma Panosso.
Para 2015, o Iprev aguarda aprovação, pela Procuradoria-Geral do estado, de um aditivo no contrato que o RPPS mantém com o Banco do Brasil, única instituição autorizada a prestar o serviço de gestão de ativos no momento. O aditivo incluirá a BB DTVM e, desta forma, o Iprev planeja criar uma carteira administrada com a gestora. Os ativos a investir, contudo, serão apenas do segmento de renda fixa.
Também está prevista a compra direta de títulos pós e pré-fixados, atrelados à inflação e à taxa de juros, aproveitando o momento de alta da Selic.
Em 2014, o ativos sob gestão do instituto somaram R$ 606 milhões. Do total, R$ 480 milhões pertencem ao fundo previdenciário e R$ 126 milhões ao fundo financeiro. Em número de servidores, o fundo previdenciário possui 18,8 mil participantes e, o financeiro, 110 mil.