30-10-2015 – 13:06:22
Os 100 maiores planos de previdência privada de altos executivos de empresas americanas somam US$ 4,9 bilhões, o que equivale ao total de reservas de 41% das famílias dos EUA, segundo informações de levantamento do Center Effective Government e do Institute for Policy Studies. Se divididos igualmente pelos altos executivos (CEOs), daria uma reserva de US$ 49,3 milhões na média para cada um. Se transformada em anuidade aos 65 anos de idade, a reserva resulta em uma renda mensal de US$ 277,68 mil para o resto da vida, de acordo ao estudo.
Em situação contrastante, encontram-se 41% das famílias americanas que não têm acesso a planos de previdência patrocinados pelas empresas onde trabalham. Por isso, ficam dependentes de aportes individuais para planos do tipo 401k que, na média, apresentam reservas de US$ 18,43 mil para cada trabalhador, segundo dados do final de 2013. Essa reserva é capaz de gerar uma renda mensal de apenas US$ 104, diz o estudo.
“Os ovos de ouro dos CEOs não são provenientes de uma performance extraordinária. Eles são provenientes de regras que beneficiam intencionalmente aqueles que já estão nos mais altos degraus da pirâmide social”, disse Scott Klinger, diretor de políticas de gastos públicos do Center for Effective Government, em entrevista para a publicação Pensions and Investments.
Os ganhos dos 500 CEOs mais ricos somam um total de US$ 3,2 bilhões em contas com impostos diferidos. Isso não acontece com com as regras dos planos 401k dos demais trabalhadores. O estudo mostra que os 500 CEOs mais ricos economizaram US$ 78 milhões em 2014 em impostos ao depositar US$ 197 milhões nos planos previdenciários.
Para reduzir o abismo entre os planos de previdência, o centro de pesquisa do governo propõe a restrição do diferimento de impostos até o teto de US$ 3 milhões. Além disso, propõe a eliminação de incentivos ficais para as empresas que etão reduzindo o benefício da aposentadoria complementar para seus funcionários.