20-01-2015 – 12:48:40
O regime próprio de previdência de Rio das Ostras (Ostrasprev), município do Rio de Janeiro, pretende alocar cerca de 10% de seu patrimônio em fundos de investimentos em direitos creditórios. O montante a ser investido gira em torno de R$ 24,5 milhões já que o patrimônio do RPPS está em R$ 245 milhões. “Para 2015 estamos ampliando a alocação em renda variável e buscamos a reposição de aplicações em FIDCs”, exploca Leonardo Rosa, diretor do Ostrasprev.
Os investimentos em FIDCs eram maiores até o ano passado, mas sofreram redução em virtude da liquidação de um FIDC de crédito consignado da Caixa Econômica em parceria com o BMG. Uma parte dos recursos foram realocados em um FIDC fechado da Casan (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento), que também conta com gestão da Caixa Econômica. O restante, porém, deve ser realocado em novos FIDCs de bancos de primeira linha. “Estamos procurando novos fundos no mercado, mas não está muito fácil”, diz Rosa.
Atualmente, o regime próprio tem cerca de 5% dos recursos alocados em fundos de direitos creditório. Além do FIDC da Casan, o Ostrasprev mantém uma aplicação de R$ 11 milhões em um FIDC de base imobiliária do Banco do Brasil e da Rio Bravo. O diretor do Ostrasprev, porém, revela que está reavaliando a manutenção do investimento neste FIDC porque analisa que o fundo está demorando muito para aquisição de CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), conforme definido pelo mandato.
Enquanto isso, o regime próprio vem aproveitando para ampliar a alocação em renda variável. Fez aplicações que totalizaram R$ 5 milhões em dois fundos do BTG Pactual em outubro do ano passado. Os fundos são o Absoluto e o Dividendos. “Apesar das previsões pessimistas para o Ibovespa, apostamos em alguns segmentos da bolsa doméstica que possuem dinâmica própria, como é o caso de fundos de valor e de dividendos”, diz o diretor do Ostrasprev.
As alocações em renda variável ainda têm espaço para crescer ainda mais dentro da carteira do instituto. Em fevereiro próximo, o instituto prepara a alocação de mais R$ 4 milhões em outro fundo do mesmo gestor. O fundo é o BTG Pactual Index Bolsa EUA Institucional, que procura replicar o desempenho do índice S&P 500, um dos principais da bolsa americana. O fundo começou a operar na última terça-feira, 21 e adota uma estratégia similar a outro produto do BTG Pactual, o Index Bolsa EUA. A diferença é que o novo fundo não tem exposição ao risco cambial.