Mongeral Aegon aposta em fundos exclusivos e exterior para cresce...

17-03-2015  –  14:51:08

 

 

Ao longo de 2014, boa parte do crescimento da Mongeral Aegon Investimentos foi calcado em fundos exclusivos de renda fixa, que mesclaram tanto titulos públicos quanto privados; no ano passado foram sete fundos exclusivos criados sob esse formato, com tickets médios ao redor dos R$ 50 milhões. Esses fundos, em sua maioria, foram demandados por novos clientes da gestora, que atende hoje dez fundos de pensão, majoritariamente de médio porte, sendo que seis passaram a ser clientes da asset em 2014.

Para 2015, a expectativa é que o fenômeno se repita, tanto em termos de novos clientes, como de novos fundos exclusivos de renda fixa. “Temos algumas carteiras iniciadas em 2014 que ao longo dos primeiros meses do ano tiveram novos aportes, mas o grande volume em 2015 deve vir do resultado da prospecção de novos clientes”, afirma Cláudio Pires, diretor da Mongeral Aegon Investimentos. A gestora, explica o executivo, ficou operacional em janeiro de 2013, ano em que trabalhou na prospecção de novos clientes, e 2014 foi o ano em que as conversas com as entidades se concretizeram em investimentos. Pelos dados da Top Asset, ao longo do ano passado, a Mongeral Aegon Investimentos cresceu 242% sua base de clientes fundos de pensão, para R$ 326 milhões. “Nosso foco são fundações, nosso canal de distribuição é totalmente focado no mercado institucional”, pontua Pires.

A meta da casa para 2015 é crescer em 50% sua base de ativos sob gestão, que durante 2014 cresceu 66,7%, para R$ 903,6 milhões. Desse volume, 90% são de institucionais, e a metade de fundações.

A fraca perspectiva para a bolsa brasileira, explica o diretor da asset, o leva a crer que neste ano siga em alta a dinâmica dos investidores em busca de fundos exclusivos de renda fixa. No entanto, além disso, outra aposta da gestora para 2015 são nos fundos que tragam ao institucional brasileiro exposição ao mercado externo. Em abril do ano passado a Mongeral já trouxe um fundo global de renda variável focado nos mercados desenvolvidos que é gerido pela Aegon, e que rendeu 38,4% desde seu lançamento. “Foi um ganho triplo, pela variação cambial, pela valorização das bolsas de fora, e por deixar de perder com a bolsa local”, pondera Pires. O fundo ainda está com um PL pequeno, de R$ 10 milhões, mas o executivo espera que, até junho, o volume suba para R$ 50 milhões. “Não está grande pela dificuldade dos 25% por cliente, mas já temos compromissos de algumas fundações. Estamos acordando para que elas façam o investimento ao mesmo tempo, para cumprir a legislação”.

Durante o primeiro semestre, fala Pires, a Mongeral Aegon Investimentos vai trabalhar para que esse fundo global ganhe PL. Já no segundo semestre, a expectativa é trazer um segundo fundo que tenha exposição a outros mercados. “Temos sete estratégias em Luxemburgo geridas pela Aegon que podemos criar fundos espelhos no Brasil. No final do mês vamos pra lá com um grupo de potenciais investidores justamente para conhecer melhor as estratégias e estudar qual deve ser lançada, mas ainda não tem nada resolvido”.