02-04-2015 – 11:57:05
As ações preferenciais do Itaú Unibanco, pelo terceiro mês seguido, foram as mais recomendadas por corretoras e bancos para abril – o papel sobe 4,7% em 2015, até março, contra valorização de 2,28% do Ibovespa no período, e de 2,81% do CDI. Em 2014, subiu 25,2%, ante queda de 2,9% do benchmark, e alta de 10,7% do CDI.
De doze casas – BB Investimentos, Bradesco, Brasil Plural, XP, UM Investimentos, Planner, Magliano, Tov, Concordia, Elite, Guide, Spinelli – oito recomendaram as ações do banco, que viu seu lucro crescer 30% em 2014, para R$ 20,6 bilhões. Foi o maior já registrado por um banco brasileiro.
“Agrada-nos o fato de que os níveis de spread começam a demonstrar recuperação, dado o aumento nas taxas de juros e sinais de arrefecimento da pressão sobre as taxas praticadas no setor”, escreve Ricardo Kim, analista da XP, em relatório. O especialista lembra ainda que a instituição reduziu custos nos últimos meses, e realizou aquisições importantes, como a participação remanescente da Redecard.
A equipe de análise da Planner, por sua vez, lembra que o Itaú é o banco com o maior retorno entre os concorrentes diretos, e tem perspectivas sustentáveis de crescimento dos resultados, por conta do incremento das operações de cartões e seguros, e das receitas de serviços, com boa evolução da margem financeira e dos ganhos com tesouraria.
Com sete recomendações cada, apareceram as ações da BB Seguridade (alta de 4,7% no primeiro trimestre de 2015, e de 36,8% em 2014), e da Suzano (alta de 31,4% em 2015, e de 23,7% em 2014). No caso da Suzano, a equipe da Guide destaca os benefícios da valorização do dólar, o preço da celulose no mercado externo, acima das projeções no início do ano, e a entrada em plena capacidade da fábrica Maranhão, que está contribuindo de maneira relevante para a desalavancagem da companhia.
Já para a BB Seguridade, os analistas Eduardo Nishio, Vito Ferreira e Thiago Kapulskis, do Brasil Plural, escrevem que a empresa compete em um mercado pouco penetrado, e com uma ampla rede distribuição de seus produtos, via as agências do Banco do Brasil. “Desta forma, esperamos que a empresa continue a apresentar resultados robustos, com um crescimento de lucros e dividend yield alto em 2015 ”.
Das doze casas do levantamento, a Tov colocou em março, com peso de 10%, e a Elite manteve do mês anterior, também com exposição de 10%, as ações preferenciais da Petrobras em suas carteiras. Os papéis recuam 2,9% de janeiro a março de 2015, e caíram 37,5% em 2014.