Institucionais demonstram incertezas quanto ao cenário econômico ...

02-04-2015  –  12:37:38

 

Pesquisa realizada pela Towers Watson entre novembro e dezembro do ano passado revelou que investidores institucionais ainda estão incertos quanto o rumo da economia global nos próximos anos, refletindo em diferentes estratégias de investimento no curto e no longo prazo. 

Dos 101 gestores, analistas e economistas entrevistados na Europa, América do Norte e região Ásia-Pacífico, 22% acreditam que o momento atual requer novas estratégias de títulos, 31% acreditam que estratégias de investimentos alternativos são as melhores, e 34% apostam em estratégias de retorno absoluto. Em contrapartida, pensando no longo prazo, essas estratégias perdem força e caem para 6%, 17% e 19%, respectivamente.

As incertezas econômicas impactam a maneira como os entrevistados veem o posicionamento das carteiras dos investidores ao longo do ano. Apenas 25% dos gestores acreditam que seus clientes institucionais terão estratégias mais agressivas de investimento durante o ano, enquanto na pesquisa anterior, esse número era de 44%. 

Os gestores demonstraram ainda preocupação em relação a investimentos em títulos do governo dos mercados desenvolvidos, com 83% sendo negativos em relação a essa classe de ativos. Em contrapartida, os entrevistados se demonstraram otimistas em relação a ações, com 73% apostando nesses investimentos, 70% apostando em ações dos mercados emergentes, 60% em infraestrutura, 59% em investimentos imobiliários não listados, e 55% em private equity.

Perspectivas econômicas

Os respondentes esperam que a taxa de desemprego dos Estados Unidos caia para 5,5% ao longo deste ano, contra uma taxa de 7% registrada em 2014. Mas o desemprego continua sendo um desafio na zona do euro, onde as taxas projetadas chegam a dois dígitos no curto prazo e a 9,1% no longo prazo. Além disso, 71% relatam que a situação da zona do euro é frágil, sendo que um ano antes, apenas 44% pensavam dessa forma.

A maioria dos respondentes também expressam desconforto quanto à intervenção governamental nos mercados desenvolvidos, incluindo medidas monetárias, fiscais, legislativas e regulatórias. Além disso, eles esperam altos níveis de inflação no longo prazo e acreditam que o dólar americano se manterá forte.