13-03-2015 – 16:37:41
Além dos cursos voltados para os profissionais de fundos de pensão, a UniAbrapp pretende oferecer também um programa voltado para o universo dos RPPS – regimes próprios de previdência dos servidores. O curso deve ser oferecido a partir do próximo mês de abril. “Temos a vontade em comum de empreender o tema da previdência com treinamentos que pudessem ser para todo o público, não só para fundos de pensão, mas para todas as entidades que tenham a atividade da gestão previdenciária. O curso será voltado para a qualificação das pessoas”, explica Edevaldo Fernandes da Silva, que tem trabalhado na elaboração do programa.
Silva foi presidente do Iprem-SP (Instituto de Previdência Municipal – SP) de 2004 a 2007, e do Iprev-DF (Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal), de 2013 a 2014. Além disso, foi diretor da Previc – Superintendência Nacional de Previdência Complementar. Atualmente Silva é conselheiro da Abipem (Associação Brasileira de Instituições de Previdência Estaduais e Municipais), e explica que a aproximação com a Abrapp ganhou força durante o congresso da associação no ano passado.
A princípio, serão doze diferentes módulos, do básico ao avançado, com cargas horárias que variam de 16 a 24 horas. Os doze módulos totalizam uma carga horária de 190 horas. Segundo Silva, a expectativa é que já a partir de abril a estrutura esteja pronta para que a UniAbrapp possa começar a oferecer os módulos aos interessados. Os cursos serão presenciais, e devem começar primeiro nas principais capitais do país onde houver uma demanda maior. No momento a diretoria da UniAbrapp está em processo de constituição de um conselho pedagógico, e de um conselho técnico, que ficarão à frente dos cursos para RPPS.
“Vamos trabalhar situações práticas do dia a dia, da parte operacional, de gestão, supervisão, combate à fraude”, afirma Silva. Além de desenvolver questões relacionadas à parte operacional, e de investimentos, o curso, explica o especialista, também vai tentar aumentar a conscientização de todos os atores envolvidos sobre suas próprias responsabilidades. “É comum o segurado sempre responsabilizar alguém para prover seus beneficios previdenciários, mas queremos que ele saiba que é ele a principal pessoa que tem de definir suas necessidades previdenciárias que lhe atendam depois. Ele tem de ser um ator que também entende, acompanha e controla para onde está indo a gestão e a situação do seu plano, permitindo a partir dai a tomada de decisão”.
A expectativa de Silva é que a adesão comece com os dirigentes dos institutos, e outros profissionais dos RPPS, como os responsáveis pelas finanças, controles, RH. A partir daí, uma mobilização maior deverá alcançar uma gama mais ampla de envolvidos, prevê o especialista, que foi fundador e coordenador da Escola de Formação Previdenciária.