20-05-2015 – 13:21:38
Em assembleia de cotistas, realizada na última segunda-feira (18), a Drachma Capital ganhou 90 dias para definir o futuro de um fundo de recebíveis imobiliários que tem se revelado um problema para os investidores, o Fidc Master LP BBIF, cujo patrimônio é estimado em R$ 260 milhões. Entre os participantes do fundo estão diversos regimes próprios de previdência municipal e estadual.
Os cotistas aprovaram a contratação de um escritório de advocacia, o Bocater, Camargo, Costa e Silva, para análise jurídica de toda a documentação do fundo, com o intuito de apurar todos os ativos que podem ser recuperados. Procurado pela redação, o escritório não se posicionou a respeito.
Também foi aprovada a nomeação de um novo comitê de investimentos, que fará um pente fino nos ativos durante o período de três meses. Nesse prazo, deverá ser redigido um relatório completo da situação real do fundo e, a partir de então, os cotistas poderão definir qual será o destino do Fidc: a liquidação ou a prorrogação do prazo de resgate (que venceu nesta semana) por mais dezoito meses.
Caso a prorrogação seja aceita, a Drachma terá autorização para reestruturar o fundo, incluindo garantias adicionais. Segundo a Investidor Institucional apurou, o fundo possui recebíveis de nove imóveis, dos quais oito estão enfrentando problemas com atrasos, tanto de obras quanto de recebimento de receitas.
O novo comitê de investimentos será composto por cinco membros – antes eram três. Dos cinco integrantes, quatro são representantes dos investidores e um do gestor do fundo.