30-10-2015 – 13:10:11
O Deutsche Bank anunciou reformas estratégicas globais para o banco até 2020 com o objetivo de tornar a sua estrutura mais simples e menos arriscada. Entre as medidas anunciadas, está o encerramento das operações do Deutsche em dez países. São eles a Argentina, Chile, México, Peru, Uruguai, Dinamarca, Finlândia, Noruega, Malta e Nova Zelândia. No Brasil, os negócios de corporate banking e serviços financeiros, que estão na área conhecida como CB&S, serão transferidos para ‘hubs’ regionais e globais. O escritório local continua apenas com os negócios de global transaction banking (GBT) e corporate finance, além de oferecer acesso do investidor local a fundos no exterior.
O banco anunciou um corte total de 15 mil postos de trabalho, e o objetivo de reduzir o número de clientes nos mercados globais em aproximadamente 50%, principalmente em países que oferecem maiores riscos. Os cortes de custos deverão gerar economias de 3,8 bilhões de euros ao Deutsche. O banco planeja ainda se desfazer de uma base de ativos que geram um custo de 4 bilhões de euros nos próximos 24 meses.
“Temos quatro estratégias principais. A primeira é tornar o banco mais simples e eficiente focando em mercados, produtos e clientes onde estamos posicionados com sucesso. A segunda é se tornar menos arriscado, modernizando nosso sistema de tecnologia ultrapassado e fragmentado, e cortando relações com negócios e regiões mais arriscadas. Em terceiro, vamos nos tornar mais capitalizados, de maneira que não vamos mais operar com expectativas do mercado e da regulação financeira. Finalmente, temos o objetivo de dirigir o Deutsche Bank com maior disciplina e propósito, com base na distribuição de responsabilidades, com um sistema de recompensas alinhado à boa performance e conduta”, diz John Cryan, CEO do banco. “Infelizmente, isso também significa fechar alguns escritórios regionais, e reduzir nosso quadro de funcionários. Essa nunca é uma decisão fácil”.
Atualizada às 16h35