30-05-2016 – 15:51:39
Uma pesquisa realizada pela gestora Franklin Templeton com investidores brasileiros mostrou um crescente otimismo com o mercado doméstico de ações. Em 2016, 32,8% dos entrevistados apontaram o Brasil como a região que eles esperam que apresente as melhores oportunidades em renda variável no ano; em 2015, o percentual era de 20%. A liderança nesse tópico ficou com Estados Unidos e Canadá, com 39% do total, ainda que tenha apresentado uma queda frente aos 45% do ano anterior.
Questionados sobre onde enxergam as melhores oportunidades em renda variável para os próximos dez anos, 32,4% dos entrevistados apontaram o Brasil, contra 21% em 2015. Estados Unidos e Canadá foram a resposta de outros 34%, ante 29% no ano anterior. A pesquisa foi realizada entre os dias 19 de fevereiro e 2 de março, e ouviu 500 investidores. Para participar da pesquisa, o investidor necessariamente tinha de ter entre 25 e 65 anos, ao menos R$ 50 mil em investimentos, e aplicação em algum tipo de ativo como obras de arte, jóias ou automóveis.
Já em relação ao mercado de renda fixa, 45,2%, ante 31% em 2015, apontaram o Brasil como a região que deve entregar os melhores retornos nesse mercado em 2016. Em seguida aparecem Estados Unidos e Canadá, com 30,6%, contra 31% em 2015. Para os melhores retornos na renda fixa nos próximos dez anos, 43,2%, ante 29% da pesquisa anterior, citaram o mercado brasileiro. A segunda região novamente foi Estados Unidos e Canadá, com 29%, frente a 23% no ano passado.
Sobre o investimento no exterior, 24,8% responderam que existem alguns fatores que os impedem de alocar fora do país. Entre os fatores citados, 27,4% falaram sobre a falta de conhecimento do mercado global, e 23,4%, sobre o impacto do câmbio. 22,6% também falaram sobre os impostos, e 15,3% sobre a elevada taxa de juros local.
Em relação às maiores preocupações em 2016, o item mais escolhido foi a inflação, com 66%. Na sequência aparecem incertezas políticas, com 59,2%, desvalorização da moeda, com 58%, e aumento da taxa de juros, com 55,2%. “A despeito das descobertas da pesquisa 2016, o investidor brasileiro ainda é essencialmente conservador, avesso ao risco e desconhece as possibilidades de investimentos no exterior”, diz Marcus Vinícius Gonçalves, presidente da Franklin Templeton Brasil, em comunicado.