Mercado ressalta capacidade técnica e de fomento de titular da Pr...

01-07-2014  –  17:56:07

 

 

A nomeação de Carlos Alberto de Paula como diretor superintendente da Previc agradou executivos da indústria, que destacaram principalmente seu conhecimento técnico, viés de fomento e capacidade de diálogo, além da experiência acumulada do setor de previdência.

José Ribeiro Pena Neto, diretor-presidente da Abrapp, destaca esperar que De Paula olhe para a questão fomento com os mesmos olhos de quando atuou pela primeira vez na antiga Secretaria de Previdência Complementar (SPC) e posteriormente na diretoria técnica da Previc. “Ele fez um trabalho bom nos fundos instituídos. Queremos que o sistema cresça, e que esse olhar não seja apenas na questão dos planos instituídos, mas em novas vertentes, como planos patrocinados”, diz Pena Neto.

O conhecimento técnico de De Paula é um ponto importante para sua nomeação, segundo Pena Neto. “Uma das preocupações da Abrapp é de garantir que a Previc seja um órgão de Estado e não de governo, e que as pessoas tenham mandatos. E há a preocupação de que cargos requeiram indicações técnicas. Quando há uma indicação de uma pessoa com conhecimento técnico, ficamos satisfeitos”.

Considerado um conhecedor do sistema por Luis Ricardo Martins, diretor executivo da Abrapp e presidente da OABPrev-SP, De Paula também é reconhecido pelo executivo como fomentador dos fundos instituídos. “Eu, até como presidente de um fundo instituído, acompanho muito de perto o empenho dele de incrementar, de fortalecer esse segmento dos instituídos. É uma pessoa que tem muito conhecimento técnico sobre o mercado”, declara Martins.

José Edson, secretário-adjunto da Secretaria de Políticas de Previdência Complementar (SPPC), ressalta o conhecimento do novo diretor superintendente sobre o regime de previdência complementar e sobre como funciona a máquina pública na área de previdência complementar. “Nós enquanto SPPC estamos otimistas com a chegada do Carlos de Paula. A parceria com a Previc vai continuar e talvez até se intensifique dado o conhecimento técnico e de estrutura de governo, e dada a postura dele de diálogo que ele sempre manteve com as entidades, com as associações de classe e empresas de consultoria”, diz.

Devido à experiência acumulada, a expectativa é que o novo titular da Previc não demore para se adaptar à nova função. “Não deve haver passagem de bastão. O De Paula deve começar a agir praticamente de imediato”, diz Antônio Gazzoni, diretor presidente da Gama Consultores Associados e ex-coordenador de atuária da Secretaria de Previdência Complementar. Ele acredita que o novo diretor superintendente deve agilizar o tempo e os procedimentos para aprovação de autorizações de regulamentos e novos planos.

Saída de Rabelo

Apesar da saída de José Maria Rabelo ter sido justificada como de cunho pessoal, ainda não está claro quais foram os motivos que levaram o executivo a pedir exoneração do cargo. Uma das razões pode ter sido um desgaste entre Rabelo e a direção do Banco do Brasil e seu fundo de pensão, a Previ.

José Edson elogia a atuação de Rabelo como titular da Previc e destaca que o executivo ajudou a superintendência a se consolidar. “Rabelo promoveu o treinamento dos novos concursados, ajudou, na esteira do que vinha fazendo Ricardo Pena, a estruturar e treinar novos concursados, e teve apelo de absoluta parceria com a SPPC”, salienta Edson.

Luís Ricardo Martins também elogiou o trabalho feito por Rabelo na Previc. “Tenho uma profunda admiração pelo Rabelo, pelo trabalho feito por ele e pela condução da Previc”, diz Martins.