18-04-2016 – 11:38:21
Apesar da maioria dos brasileiros (65%) já ter começado a poupar para a aposentadoria, 67% ainda detêm muita concentração em ativos líquidos, com aplicações em poupança, fundos e títulos de curto prazo, enquanto globalmente essa concentração é de 59%, segundo levantamento realizado pela BlackRock. Apenas 5% investem e ações, em comparação com 15% globalmente. Os brasileiros investem ainda 5% em ativos de longo prazo, próximo da média mundial de 6%. A pesquisa foi realizada com 30,5 mil entrevistados em 20 nações e a amostra do Brasil incluiu mil entrevistados.
O levantamento aponta que apesar dos brasileiros estarem conscientes de que devem deter menos dinheiro, 37% mantêm as aplicações em poupança ou títulos de curto prazo por conta do risco de perder seus investimentos com outras aplicações, enquanto 32% preferem ter acesso a resgate com mais facilidade. Outros 20% alegam não ter dinheiro o suficiente para investir em outro lugar. Além disso, 18% dos brasileiros não estão familiarizados com outros investimentos. Outro destaque da pesquisa é que apenas 31% dos investidores têm exposição internacional.
Otimismo – Mesmo com a alta volatilidade do mercado financeiro no Brasil, provocado pela crise política aliada a fatores externos, os brasileiros permanecem mais otimistas do que o resto do mundo, no que diz respeito ao futuro de sua finanças pessoais. Na situação atual da economia brasileira, a inflação e a instabilidade política são as principais preocupações para os brasileiros. A maioria dos brasileiros (64%) descreveu seus futuros financeiros em termos positivos, mesmo com esse número sendo menor do que o de 2014 (77%), ele permanece bem acima da média global (56%).
“Apesar da volatilidade que vimos em 2015, que esperamos continuar este ano, fomos agradavelmente surpreendidos que os latino-americanos mantiveram-se positivos e focados nas coisas certas quando se tratava de seu futuro financeiro”, disse Armando Senra, Diretor Executivo, responsável pela BlackRock na América Latina e Países Ibéricos. “Nós também aprendemos que existe uma grande oportunidade para os investidores ao assumir mais diversificação e exposição internacional em suas carteiras para melhor prepará-los para os objetivos de longo prazo”, diz Senra.
Dos riscos financeiros citados, a situação da economia (62%) e o alto custo de vida (55%), seguido por aumentos nos impostos (49%), inflação (48%) e de instabilidade política (46%) se classificaram como as principais preocupações.