22-09-2014 – 17:10:58
Em comunicado, o BNY Mellon esclarece decisão da Justiça acerca da nova desvalorização nas cotas do Brasil Sovereign II Fundo de Investimento de Dívida Externa (Fidex), cujo único cotista é o Postalis, fundo de pensão dos Correios. De acordo com o Postalis, devido à nova desvalorização nas cotas do Fidex a fundação conseguiu bloquear mais R$ 105 milhões das contas do BNY Mellon, além dos R$ 197,8 milhões já bloqueados anteriormente.
Já segundo o banco, a decisão da 29ª Vara Cível do Rio de Janeiro, publicada no último dia 18, não defere um novo pedido de bloqueio de bens do BNY Mellon, administrador do Fidex, mas sim “o reforço de garantia para inclusão das perdas de 27,92% do patrimônio líquido do fundo, que equivale a R$ 105.657.486,20 (…) por meio de carta de fiança”. Nesse caso, o BNY Mellon deve assumir o compromisso de garantir ao credor o valor referente às novas perdas sofridas pelo fundo. Mas segundo o banco, o valor não foi bloqueado de suas contas.
O BNY Mellon diz ainda que a decisão está sujeita a recurso e que vai questionar o montante do reforço estipulado pela Justiça. “O BNY Mellon ainda aguarda julgamento de recurso contra decisão anterior, igualmente provisória, relacionada às perdas reclamadas pelo Postalis no processo”, diz o comunicado.
O processo do Postalis se deve a uma perda sofrida após o Fidex ter aplicado recursos em títulos ligados à dívida Argentina sem autorização da fundação. Segundo o fundo de pensão, o Fidex registrou seguidas perdas e, de um saldo de R$ 384 milhões, chegou na última quarta-feira, 17, a R$ 133 milhões.
Já o BNY Mellon reafirma que a decisão de investimento, objeto de questionamento judicial pelo Postalis, foi tomada pelo gestor do fundo indicado pelo próprio fundo de pensão, no caso, a Atlântica Administração de Recursos. “Dessa forma, o BNY Mellon tem a firme posição e convicção de que de forma alguma poderá ser responsabilizado pelas ações do próprio Postalis e de terceiros por ele apontados”, reitera o comunicado do banco.