Ações da Petrobras reaparecem nas recomendações de bancos e corre...

04-05-2015  –  16:48:31

 

A ação da Suzano, e a do Itaú Unibanco pelo quarto mês seguido, foram os papéis mais recomendados para o mês de maio por dez bancos e corretoras (BB Investimentos, Bradesco BBI, Itaú, Geração Futuro, XP, Gradual, Concórdia, Elite, Walpires e Tov) em suas carteiras recomendadas de investimento, com sete indicações cada. No entanto, um ponto que chama a atenção é o ativo da Petrobras, que voltou a ganhar espaço no portfólio dos especialistas – das dez casas, cinco colocaram o ativo da companhia em suas seleções (BB Investimentos, Gradual, Elite, Walpires e Tov).

Em abril, as ações preferenciais da Petrobras tiveram a maior valorização do Ibovespa, de 34,12%, e impulsionaram os ganhos de 9,93% do índice no mês. No último dia 22 a companhia divulgou seu balanço auditado referente ao ano de 2014, que trouxe uma baixa contábil de R$ 50,8 bilhões, dos quais R$ 6,2 bilhões oriundos de corrupção.

Em relatório assinado por André Perfeito, Flávio Conde e Rafael Gonçalves, a Gradual Investimentos destaca que, apesar da alta no mês passado, optou por manter a Petrobras em sua carteira de maio por acreditar que o momento segue favorável à companhia. Como fatores que justificam o otimismo com a companhia estão a publicação do balanço, a indicação de novos conselheiros, o plano de venda de ativos non-core, a venda de participações em empresas controladas, além da possibilidade de venda de participações no pré-sal. Eles lembram ainda que o preço do petróleo na faixa entre US$ 55 e US$ 63 o barril favorece o preço dos derivados vendidos pela Petrobras no Brasil.

Em relação ao Itaú, os analistas Eduardo Nishio, Thiago Kapulskis e Vito Ferreira, do Brasil Plural, controlador da Geração Futuro, escrevem que, apesar de uma potencial deterioração para o ciclo de crédito no país, o banco está “muito bem posicionado” para atravessar sem maiores problemas o cenário mais desafiador à frente. “Nós enxergamos a empresa com um  tripé estratégico muito bem estabelecido – forte presença  em asset-lights (seguros, cartões, entre outros), disciplina na gestão de custos operacionais e foco no crescimento em  linhas de crédito mais conservadoras, como consignado  e imobiliário”.

Sobre a Suzano, os analistas do Itaú Lucas Tambellini, Giovanni Vescovi, Marcello Rossi e Fabio Perina, escrevem que os investidores devem continuar com uma visão positiva sobre a companhia, por conta da alavancagem de seus resultados operacionais ao câmbio, do crescimento de seu volume de celulose, e do esperado processo de desalavancagem da empresa. “O  catalisador mais importante para o papel é a depreciação cambial – cada 0,10 de depreciação no real, o  EBITDA da companhia aumenta em 6%”. A equipe de análise macroeconômica do Itaú projeta o dólar em R$ 3,10 em dezembro de 2015. Nesta segunda-feira (4/5), a moeda americana operava com uma alta superior a 2% frente ao real, negociada a R$ 3,08.