Edição 210
Algo acontece no segundo maior banco privado do Brasil em ativos. Em 26 de novembro, a instituição anunciou amplas mudanças na diretoria de todo o grupo. Foram feitas 34 promoções para cargos diretivos, sendo 11 para a função de diretor e diretor departamental, 15 para diretores regionais e oito para superintendentes executivos. Seis diretores decidiram deixar o banco. A saída que mais surpreendeu o mercado foi a de Robert John van Dijk, que liderava a área de gestão de recursos. No lugar dele, ficou Denise Pavarina, diretora do Bradesco BBI.
De acordo com o comunicado enviado à imprensa, o objetivo das mudanças é “adequar-se aos novos tempos de forte expansão da economia brasileira e ao aumento do grau de competição dos mercados”.
O comunicado afirma que os seis diretores que saíram da instituição o fizeram por motivo de ordem pessoal, para “buscar outros objetivos pessoas e profissionais”. “Para o Bradesco esse é um processo importante dentro do projeto de continuidade e renovação dos seus objetivos estratégicos”, diz a nota.
Van Dijk saiu de férias e não há informações de que ele já tenha sido contratado por outra empresa. Antes de atuar no Bradesco, o executivo era diretor-executivo do Banco Schahin Cury e da Shahin Cury Corretora de Valores S.A. “Nunca achei que o Robert fosse um executivo com a cara do Bradesco. Ele sempre foi mais ousado que o perfil da BRAM [Bradesco Asset Management]”, afirma uma fonte que não quis se identificar. Para o mercado, a equipe que assumiu é mais conservadora em termos de investimentos. “É difícil dizer que vai ficar mais conservador, porque essa já é uma característica da BRAM. Mas ficar mais arrojado, agora dificilmente”, afirma a mesma fonte.