Esta edição de Investidor Institucional foi feita em condições inusitadas, com cada pessoa que compõe a equipe envolvida diretamente nas atividades de pensar, produzir, editar, diagramar e revisar a revista isolada em sua casa, se comunicando com as demais apenas por telefone, email, WhatsApp e videoconferências. Resumindo, o processo de produção dessa edição aconteceu mais ou menos assim: uma pauta surgia a partir de uma informação que alguém da redação levantava com suas fontes, era discutida por videoconferência com as demais pessoas da redação e frilas da revista, e após ser analisada com lupa para ver se mais do que o interesse da fonte ela atendia principalmente o interesse do leitor, era ou não aprovada.
Se aprovada, um dos presentes à reunião virtual era designado para executá-la, tirando dúvidas e trocando impressões com o editor nos dias seguintes só por telefone e WhatsApp, cada um na sua casa. Assim o foco da matéria ia se ajustando, as entrevistas iam sendo feitas e com todas elas concluídas a reportagem era escrita e depois enviada por email para o editor. Após o trabalho de edição, com títulos, olhos legendas e demais penduricalhos que uma edição normalmente exige, o editor a enviava para um servidor de arquivos localizado no espaço cibernético que hoje se chama de “nuvem”, de onde a diagramadora, também de sua casa, a resgatava para inserir em uma página de diagramação, com texto, fotos, gráficos e tabelas, se houvessem, e dava ao conjunto o formato de página de revista.
Antes de ir para a gráfica, a página diagramada voltava para a “nuvem” de onde a revisora a apanhava e, sentada confortavelmente numa mesa da varanda do seu apartamento no centro de São Paulo, lia cada matéria buscando obsessivamente erros de concordância, verbais e pronominais, inversão de letras e sílabas, esquecimentos de palavras e outros pequenos deslizes que repórteres, frilas e editores costumam cometer às vezes. Corrigidos esses, a revista diagramada voltava à “nuvem” para ser acessada novamente pelo diagramador, para os ajustes finais, e também pela “nuvem” era encaminhada ao departamento comercial para a inclusão dos anúncios. Cada um, claro, fazendo sua parte na própria casa.
Pronto, finalmente a revista estava pronta para ir à gráfica para ser impressa. Só que essa etapa não seria online.